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Economia

Custos fixos não somem com a crise; governo precisa de coordenação para auxiliar empresas

Assista à entrevista com Rodrigo Zeidan, professor de Economia e Finanças da Fundação Dom Cabral e da Universidade de Nova York em Shanghai

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Custos fixos não somem com a crise; governo precisa de coordenação para auxiliar empresas

Rodrigo Zeidan, entrevistado do UM BRASIL, analisa ambiente de crise na economia
Foto: divulgação

Diante do avanço do coronavírus e da crise na economia, o governo não está conseguindo entregar ações emergenciais suficientes para conter os danos ao País. Não há coordenação para respostas econômicas, de saúde ou em políticas públicas. Há apenas ações pontuais.

Essa constatação a respeito dos fatores que tomaram o dia a dia do Brasil é de Rodrigo Zeidan, professor de Economia e Finanças da Fundação Dom Cabral e da Universidade de Nova York em Shanghai, em entrevista ao UM BRASIL – uma realização da FecomercioSP. 

Ele alerta que se o vírus começar a destruir o tecido social, podemos ter convulsões sociais. O risco de uma falta de planejamento governamental para lidar com a crise, diz Zeidan, é de as pessoas não aguentarem nem a quarentena nem as incertezas do governo – e tentarem se proteger a qualquer custo, até mesmo ignorando as regras tomadas nos Estados. “A falta de um governo pode nos custar muito caro. Esse é meu grande medo em relação à sociedade brasileira nos próximos meses”, complementa.

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Ele também analisa como o momento atual está sendo prejudicial para as pequenas empresas, que estão tendo dificuldade para conseguir crédito e manter funcionários. “Numa situação de crise geral, o risco não só aumenta, mas explode. Não importa quanto dinheiro o Banco Central coloque no mercado, os bancos acabaram se retraindo para empréstimos. Estamos presos nessa armadilha em que essas instituições estão travadas devido ao risco”, reitera.

Além disso, para Zeidan, uma ação recente do governo que está injetando R$ 40 bilhões em crédito para pequenas empresas financiarem a folha de pagamento não é suficiente.

“Esse empréstimo é destinado apenas às empresas que estão com crédito bom na praça, as que estão em recuperação judicial não conseguem. Negócios que tiveram qualquer tipo de inadimplência nos últimos meses até conseguiriam, mas seria bem complicado. É uma medida que ajuda, mas não resolve, porque é basicamente para pagamento de folha. As empresas precisam mais do que isso, precisam de crédito para pagar aluguel, pagar todos os custos fixos – que não somem com a crise”, avalia.

Ele novamente destaca a falta de organização do governo para dar um horizonte às empresas que já estão quebrando e aos empresários que não sabem se terão crédito para salvar os negócios e os empregos.

“As empresas não sabem quanto tempo a quarentena vai demorar, não sabem a quais créditos elas têm acesso; todo dia há uma medida nova, porque o governo não preparou um pacote econômico grande e rápido”, critica.

Confira a entrevista na íntegra. Inscreva-se no canal UM BRASIL.

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