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Economia

Diálogo é principal forma de construir pontes na política, afirmam novos líderes

Lideranças do RenovaBR debatem os desafios dos primeiros dias de mandato durante evento nesta sexta-feira (10), na FecomercioSP

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Diálogo é principal forma de construir pontes na política, afirmam novos líderes

Parlamentares concordaram ser possível ter influência política sem perder de vista os ideais e os projetos que o elegeram
(Foto: Rubens Chiri)

As mudanças positivas e efetivas na política ocorrem de forma lenta, mas são possíveis com a atuação de novas lideranças capacitadas. No evento “Primeiros 100 dias de Mandato”, parlamentares integrantes da iniciativa RenovaBR debateram nesta sexta-feira (10), na capital paulista, os principais desafios do atual governo desde o início de seus mandatos. O encontro gratuito foi organizado pelo RenovaBR, em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e o UM BRASIL.

Na ocasião, os debatedores enfatizaram a importância do diálogo com diferentes frentes para utilizar a política como a ferramenta transformadora que ela deve ser. “Cada vez gosto menos de falar em nova e velha políticas. Esse é um discurso usado para criminalizar o diálogo, e sem ele não há democracia. Falo da boa política porque, se eu acredito que a transformação vem pela política, ela por si só deveria ser uma coisa boa”, afirmou a deputada federal Tabata Amaral (PDT/SP).

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Na abertura do evento, realizado na sede da Fecomercio em São Paulo, o presidente do conselho de administração da Somos Educação e idealizador do RenovaBR, Eduardo Mufarej, falou que alterações no comportamento da sociedade ampliam as possibilidades de incentivar uma mudança permanente na política. “Colocar a política num lugar ruim não tem ajudado o País. Temos de contribuir e colaborar com as pessoas que prezam pela ética e transparência e estão interessadas em entrar na política.”

O deputado federal Tiago Mitraud (NOVO/MG) acredita que a atual situação de faltas de transparência e de representatividade das quais a sociedade reclama são reflexos da falta de conhecimento e, principalmente, de interesse em acompanhar a política.

“Viramos as costas por muitos anos, e grupos dominantes ocuparam esses espaços por décadas. Sabemos que não vamos desfazer o que foi feito de uma hora para outra, mas contamos com a pressão da sociedade – que nunca esteve tão conectada com os acontecimentos – para defender as ideias de cada um em vez de atacar as pessoas”, destacou.

O afastamento de suas atividades e as prisões de políticos são contrárias ao pensamento comum de que não existe punição para eles. “As pessoas tendem a suavizar condições que não são nada normais, mas não é possível perpetuar certas práticas. E o período de um mandato tem chance de ter um impacto muito grande”, comentou o deputado estadual Renan Ferreirinha (PSB/RJ).

Para o deputado estadual Daniel José (NOVO/SP), “existem vários espaços de protagonismo onde é possível fazer a diferença [em contraponto ao fato de que mais da metade dos projetos se refere a mudanças de nomes de ruas e rodovias e a criação de datas comemorativas]”.

Os parlamentares concordaram ser possível ter influência política sem perder de vista os ideais e os projetos que o elegeram. "A questão primordial é saber o que dá para fazer sem abrir mãos dos nossos princípios e valores”, ressaltou o deputado federal Vinícius Poit (NOVO/SP).

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