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Sustentabilidade

Projeto de lei propõe arborização obrigatória em conjuntos habitacionais

Presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP alerta para custo não ser repassado aos moradores

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Projeto de lei propõe arborização obrigatória em conjuntos habitacionais

Arborizar os conjuntos habitacionais populares, melhorando os espaços urbanos e a qualidade de vida dos moradores são intenções de uma proposta que está na Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei 1379/11, de autoria do deputado Romero Rodrigues (PSDB/PB).

O projeto, que aguarda parecer do relator na Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), pretende obrigar as construtoras a plantar e manter árvores nesses conjuntos, nos casos em que as obras forem financiadas com recursos públicos.

A proposta é bem vista pelo presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, José Goldemberg. No entanto, ele faz uma ressalva. "Eu acho uma ótima ideia, mas a arborização custa dinheiro não só com o investimento inicial, mas também para a manutenção. É preciso verificar de onde vão sair os recursos",

A preocupação de Goldemberg é que o custo da arborização nos conjuntos habitacionais seja repassado para os moradores. "Seria importante que o projeto de lei especificasse de onde sairão os recursos, se não os gastos vão ser repassados para o usuário. Sobretudo nos conjuntos residenciais populares, em que as empresas tentam minimizar os custos. O projeto de lei não fala nisso, simplesmente fala que as construtoras têm que fazer a arborização", indica. 

O engenheiro florestal e mestre em arborização urbana, José Hamilton de Aguirre Junior, já fez os cálculos da atividade. "O custo aproximado por unidade plantada, com o preparo de canteiros, insumo, mão de obra, muda, forração, transporte, irrigação é em torno de R$300,00/unidade".

Para ele, o plantio de árvores deveria ser parte de qualquer projeto de infraestrutura nas cidades, considerando os benefícios. "O conjunto de árvores compõe uma grande rede de infraestrutura verde, responsável pela sustentabilidade nas cidades, fornecendo serviços essenciais à vida humana, como umidificação e filtragem do ar, estabilização climática, redução de ruídos, barreira à poeira e particulados, proteção ao sol, redução de enchentes e enxurradas, conservação do asfalto, abrigo e alimento à fauna urbana, fonte de beleza e redutor de estresse ao cidadão", pontua.

O engenheiro cita, ainda, que os investimentos em arborização resultam em melhorias, para os moradores e para a cidade, que refletem na redução de gastos por parte do poder público. "A construção civil, o comércio e prestadores de serviço terão muito a ganhar financeiramente quando perceberem que o investimento em verde retorna diretamente a seu bolso, garantindo a qualidade, a eficiência, a valorização, a beleza, a funcionalidade e sustentabilidade de seus empreendimentos", indica.

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