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Economia

FecomercioSP teme os efeitos da paralisia do mercado de crédito sobre o consumo

Empresários e consumidores já não conseguem obter recursos de financiamento tão facilmente como em anos anteriores, o que afeta as vendas

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FecomercioSP teme os efeitos da paralisia do mercado de crédito sobre o consumo

O volume de crédito para o comércio caiu 3,2% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Banco Central. São recursos que, de forma direta ou indireta, deixam de chegar aos consumidores na forma de financiamento ou na forma de redução de empregos e rendimentos, pois diminuem a capacidade que as empresas têm de investir, empregar e fomentar suas vendas ao mesmo tempo. O dinheiro não tem “carimbo”, ou seja, os recursos emprestados, sejam tomados na forma de capital de giro ou em qualquer programa de investimentos, liberam outros recursos disponíveis para que o empresário pague salários, financie seus consumidores ou arque com custos fixos.

O mesmo fenômeno ocorre do lado do consumidor. O volume de recursos livres emprestado à pessoa física caiu 3,9% no primeiro trimestre deste ano; a taxa de juros média do período saltou de 41,5% em 2014 para 47,3% neste ano. Também é evidente a deterioração das condições no mercado de crédito. As concessões de crédito estão em queda e cada vez mais restritas, com aumento de embargos e aperto dos critérios de liberação de recursos tanto para consumidores quanto para empresas.

O consumidor não consegue obter recursos de financiamento tão facilmente como em anos anteriores, e o empresário do varejo passa pelo mesmo problema. Com o aperto de crédito, a inflação e o aumento do desemprego, as vendas são afetadas. Alguns segmentos, como o de concessionárias de veículos, amargam queda de faturamento de dois dígitos – quadro difícil de ser revertido no curto prazo. São juros mais elevados, condições mais restritas e menor volume de recursos próprios que as empresas dispõem para fomentar suas vendas e clientes.

A FecomercioSP prevê quedas significativas do faturamento real neste ano. O mercado de crédito, que foi a grande alavanca da venda de carros e imóveis, associado a alguns programas que incentivavam o direcionamento dos recursos para aquisição de eletrodomésticos, traz agora o temor de que os consumidores e a população em geral sejam atingidos pela recessão.

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