Imprensa
01/02/2015Ministro defende reformas microeconômicas e plano exportador
Armando Monteiro foi recebido pelo presidente da FecomercioSP, Abram Szajman, em evento nesta segunda-feira (2)

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB-PE), defendeu nesta segunda-feira (2), durante encontro na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a retomada de uma agenda de reformas no País, especialmente no ambiente microeconômico, para melhorar o ambiente das empresas no Brasil, e a redefinição da política comercial brasileira, com o estreitamento das relações com os Estados Unidos, sem desmerecer o Mercosul, e uma maior aproximação com os países da Aliança do Pacífico, como Chile, Colômbia, México e Peru. O ministro foi recebido pelo presidente da FecomercioSP, Abram Szajman. A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza, completou a bancada.
Na abertura do encontro, Abram Szajman afirmou que “a FecomercioSP mobilizou seu corpo técnico na busca de soluções viáveis para distorções nas áreas tributária, previdenciária e trabalhista, que inviabilizam o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País” e colocou a Entidade à disposição para dar todo o suporte necessário ao ministro e equipe.
Em sua primeira visita a São Paulo como ministro, Monteiro destacou a importância da FecomercioSP para o setor econômico, principalmente nos segmentos de serviços, turismo, comércio e terciário.
Armando Monteiro iniciou sua fala destacando que o Brasil tem uma agenda inconclusiva de reformas. "O ímpeto de reformas no País tem arrefecido na última década, especialmente em função de um período extraordinariamente benigno, quando as commodities do agronegócio experimentaram uma elevação de preço por largo período de tempo, enquanto os preços dos bens industriais no mundo foram reduzidos. As coisas, no entanto, mudaram no mundo. Não há duvida de que o Brasil precisa retomar uma agenda de reformas. Isso terá de se dar na perspectiva das grandes reformas, mas também em um esforço perseverante no ambiente microeconômico, para melhorar o ambiente das empresas no Brasil, ou seja, reformas microeconômicas para simplificar e desburocratizar o ambiente tributário e regulatório”. Na avaliação de Monteiro, é necessário reduzir a complexidade do sistema, atuando para diminuir o número de obrigações. "O Brasil conta com 27 legislações diferentes de ICMS. É um manicômio tributário".
O ministro acrescentou que o atual corte de gastos, o aumento de tributos e outras medidas que terão impacto mais contracionista no País indicam a necessidade de o Brasil buscar em um plano de exportações o elemento para tentar sustentar a atividade econômica em vários setores. Monteiro destacou que “as matérias-primas e as commodities perderam valor e, em 2014, tivemos um déficit em transações correntes que alcançou mais de 4% do PIB, equivalente a U$ 91 bilhões”. "É necessário criar mecanismos de financiamento de seguros e garantias para reforçar uma política exportadora", afirmou o ministro.
“O País precisa buscar estreitar as relações comerciais com os Estados Unidos, sem desmerecer o Mercosul, e tentar uma maior aproximação com os países da Aliança do Pacífico, como Chile, Colômbia, México e Peru. Esse processo envolve uma redefinição da nossa política comercial e ações na área de inteligência comercial para identificar mercados que podem ser acessados”, destacou Armando Monteiro.
O ministro ressaltou a relevância dos canais do comércio e setor terciário em geral, em consonância com a empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza. Segundo ela, "se o varejo para, o País para; o varejo é o maior empregador do País; o varejo é onde tudo acontece”.
Também estiveram presentes ao encontro o corpo diretivo da FecomercioSP e executivos, como o presidente da Riachuelo, Flavio Rocha, e o presidente do Grupo Pão de Açúcar, Ronaldo Iabrudi.
Confira aqui as fotos do encontro.
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