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Imprensa

Faturamento do comércio em Campinas cai puxado por materiais de construção

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São Paulo, 26 de janeiro de 2015 – O comércio varejista da região de Campinas registrou faturamento de R$ 4,35 bilhões em outubro de 2014. Na comparação com o mesmo mês de 2013, a receita total reduziu 3%. Já em relação a setembro, a cifra foi 3,6% superior. As informações estão na Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) segundo dados da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

Das dez atividades pesquisadas, metade teve queda no faturamento de outubro de 2014, em relação ao mesmo mês de 2013. Os desempenhos de dois setores podem ser destacados como maiores influenciadores negativos no resultado geral da região no mês. O segmento de materiais de construção, com queda de 26,8% nas vendas em outubro em relação ao ano anterior, contribuiu com a retração em 3,2 pontos porcentuais. Já as concessionárias de veículos apresentaram recuo de 9,2%. 

Os setores que apresentaram os melhores resultados no mês, ajudando a diminuir o mau desempenho da região, foram principalmente os supermercados, com avanço de 3,2% nas vendas; e lojas de departamentos, com aumento de 27,8%. A contribuição de ambos os setores foram de 0,8 e 0,7 ponto porcentual, respectivamente. 

Desempenho estadual
O comércio varejista paulista registrou faturamento real de R$ 46,7 bilhões em outubro de 2014, valor 3,8% menor na comparação com o mesmo mês de 2013. Já em relação a setembro de 2014, a receita apurada foi 5,4% superior. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz). 

Com essa nova retração, o índice de queda acumulado no ano passou de 2,4% até setembro para 2,6% nos dez primeiros meses de 2014. É o mais baixo índice acumulado no ano. Na avaliação da assessoria econômica da FecomercioSP, essa nova queda mensal – na comparação anual – consolidou a tendência de retração no nível da receita do varejo paulista em 2014 em relação a 2013. É também motivo de apreensão, já que as quedas de movimento ocorreram em sete das dez atividades pesquisadas, justamente no primeiro mês do último trimestre – o período tradicionalmente mais forte do comércio em razão das festas de fim de ano. 

O mau desempenho de quatro das dez atividades pesquisadas foi o principal responsável pelo recuo nas vendas do varejo geral na comparação com outubro de 2013. São elas: concessionárias de veículos (-21,5%), lojas de móveis e decoração (-8,5%), lojas de materiais de construção (-8,2%) e lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-6,9%). Juntos, esses setores contribuíram em 4,7 pontos porcentuais com a retração geral. Mereceu destaque também a queda 4,8% no faturamento das lojas de vestuário, tecidos e calçados.

Contribuíram de forma positiva para o resultado geral apenas três atividades, todas ligadas a bens de consumo essencial e independentes de crédito: as farmácias e perfumarias colaboraram com o aumento de 7,3% em suas vendas; outras atividades, em que são preponderantes as vendas de combustíveis, conseguiram expandir o faturamento mensal em 4,7%; e supermercados, que elevaram a receita em 0,2%, recuperando-se após duas quedas de vendas sucessivas.

No desempenho por região, apenas quatro das 16 localidades pesquisadas conseguiram registrar índices positivos em outubro: Jundiaí (5,2%), Sorocaba (2,3%), Araraquara (1,7%) e Osasco (0,4%). As outras 12 apresentaram quedas de vendas. A maior retração ocorreu na capital paulista, cujas vendas caíram 8,2% em comparação a outubro do ano anterior.

Para a FecomercioSP, o resultado negativo em outubro confirma o mau momento do consumo no Estado de São Paulo. A expectativa era de que outubro revertesse essa tendência, mesmo com crescimento menor. Contudo, o mau desempenho em 2014 de fatores determinantes do consumo – baixos crescimentos da renda, do emprego e do crédito – indica que uma reversão do quadro atual das vendas varejistas tende a ser improvável no médio prazo. A inflação em patamar elevado e alvo de severas ações de política econômica a partir de janeiro colaboram para o cenário desfavorável de vendas também em 2015. 

Nota metodológica    
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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