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Negócios

Apps são alternativa para crescimento no varejo

Funcionalidades customizadas, liberdade na operação do sistema e ausência de taxa por pedido são algumas das vantagens

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Apps são alternativa para crescimento no varejo

O Brasil ocupa o terceiro lugar na lista das nações com maior número de downloads de aplicativos, entre as plataformas Android e iOS, de acordo com relatórios da consultoria AppAnnie
(Foto: Christian Parente/TUTU)

Com informações de Emerson Coelho

O uso dos smartphones está se consolidando nos hábitos de consumo do brasileiro e, com isso, as empresas têm investido mais em aplicativos próprios para atender seu público.

Esse movimento consolida o Brasil, a exemplo do que afirmaram fontes do Google durante o II Encontro de Desenvolvedores Playtime 2016, realizado em novembro passado, em São Paulo (SP), como um fenômeno em produção, monetização e geração de aplicativos. O País ocupa o terceiro lugar na lista das nações com maior número de downloads de aplicativos, entre as plataformas Android e iOS, de acordo com relatórios da consultoria AppAnnie. Estados Unidos e China encabeçam a lista integrada por Índia, Rússia, México, Turquia, Indonésia, Japão e Coreia do Sul.

Vantagens dos apps próprios

A Pizzaria Villare, fundada em 2009, com duas unidades localizadas em Santo André, no ABCD Paulista, resolveu ir além dos tradicionais aplicativos oferecidos para o setor alimentício. O proprietário Gustavo Cardamoni já utiliza o conhecido Ifood há oito anos, mas desde outubro do ano passado, pensando em expandir ainda mais seu negócio e ter liberdade na operação do sistema, decidiu implantar um aplicativo próprio para o recebimento de pedidos. “No Ifood, recebemos em média 110 pedidos por semana. No aplicativo próprio, já temos uma demanda média de 65 pedidos semanais”, conta sobre a procura pelo sistema online.

Segundo o empresário, a vantagem do aplicativo próprio é a ausência de taxa sobre as vendas, que no Ifood gira em torno de 12% por pedido. Por outro lado, a pizzaria paga mensalmente um valor de R$ 169 aos desenvolvedores, valor para custear a manutenção e as atualizações da aplicação. “Isso nos dá uma vantagem competitiva, pois temos maior flexibilidade de oferecer promoções aos nossos clientes”, diz. Pelo endereço deliveryvillare.com.br/site, é possível baixar as versões do aplicativo para os dispositivos Android ou iOs. Nas embalagens das pizzas, um QR Code (código de barras que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares com câmera fotográfica) direciona o usuário para o download do aplicativo.

Gerenciamento

Focado no mercado de aplicativos, o empreendedor Cleber Pavão, de São Caetano do Sul, também no ABCD, sócio da startup Gogyps, aposta na expansão desse segmento. Assim, nasceu o Gogyps, para gerenciamento de vendas disponível na loja virtual da Apple e na Play Store do Google.

“Começamos o desenvolvimento há cerca de três anos e já investimos aproximadamente R$ 800 mil”, explica Pavão. O aplicativo oferece redes sem limite de participantes, centenas de categorias com ferramentas específicas para cada tipo de segmento, criptografia dos dados trafegados e armazenagem em nuvem. Atualmente é usado por cerca de mil usuários.

De acordo com o empresário, o lucro do negócio vem somente da publicidade. “O software é gratuito, basta baixar e começar a usar. Nosso ganho se concentra somente na publicidade que é feita por meio de propagandas na linha do tempo do aplicativo. Por enquanto ainda não estamos monetizando nada. A previsão é de que a receita só venha no ano que vem”, finaliza Pavão.

O diretor internacional do Google Play, Mark Bennett, afirma que o próximo passo é encontrar mais formas de gerar dinheiro para a comunidade de desenvolvedores no Brasil, que se destacam cada vez mais no panorama internacional. Ele explica que a concorrência com o sistema operacional da empresa chinesa Xiaomi no Brasil não é uma preocupação, já que o mercado de aplicativos Android já chega a 1,4 milhão de pessoas no mundo.

Confira a reportagem na íntegra, publicada na revista C&S.

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