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Imprensa

Capital paulista tem mais de 1,7 milhão de famílias endividadas em novembro, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, 17,1% das famílias estão com contas em atraso; cartão de crédito ainda é o grande vilão do endividamento

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Capital paulista tem mais de 1,7 milhão de famílias endividadas em novembro, aponta FecomercioSP

A proporção de famílias endividadas na cidade de São Paulo subiu 5,5 pontos porcentuais em um ano e atingiu 49,3% em novembro. No mesmo mês de 2014, o valor era de 43,8%. Em números absolutos, o total de famílias com dívidas passou de 1,571 milhão para 1,767 milhão - aumento de 196 mil famílias. Já no comparativo com outubro, o indicador caiu 3,1 pontos porcentuais, queda que reflete o movimento sazonal, uma vez que os consumidores costumam evitar novas dívidas no período, já se planejando para os gastos de fim de ano, e também aproveitar a antecipação do 13º para quitar empréstimos antigos.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Segundo a Federação, o aumento do número de endividados em um ano foi puxado principalmente pelas famílias de baixa renda. Para as que ganham até dez salários mínimos, houve alta de 6,2 pontos porcentuais, de 47% para 53,2%. Já entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, a proporção de endividadas atingiu 37,9% em novembro, ante 34,5% no mesmo mês de 2014.

Inadimplência

No comparativo mensal, a proporção de famílias com contas em atraso caiu em relação a outubro e passou de 18% para 17,1%. No entanto, a parcela de inadimplentes subiu 6,6 pontos porcentuais em relação a novembro de 2014, quando a proporção estava em 10,5%.

Novamente, as famílias de baixa renda puxaram o resultado. Entre os que ganham até dez salários mínimos, a inadimplência atingiu 20,8%, ante 23,2% em outubro e 13,3% em novembro de 2014. Por outro lado, entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, a proporção ficou em 8,5%, contra 6,4% em outubro e 4% em novembro de 2014. 

A proporção de famílias de baixa renda que não terão condições de pagar as contas nos próximos meses, por sua vez, ficou em 9,5% (ante 9,9% em outubro e 4,8% em novembro de 2014). Entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, a proporção passou de 1% em novembro do ano passado para 2% em outubro, e ficou nos mesmos 2% em novembro de 2015. Segundo a FecomercioSP, os resultados são reflexos diretos da inflação mais alta e, principalmente, do aumento do desemprego observado ao longo de 2015.

Tipo de dívida

Com relação ao tipo de dívida dos paulistanos, o campeão ainda é o cartão de crédito. Em novembro do ano passado, a proporção estava 67%, ante 73,7% em outubro e os 73,9% atuais. Entre os endividados de baixa renda, esse número foi ainda maior (77%).

Na comparação mensal, também houve alta no item Crédito pessoal, que passou de 10,9% em outubro para 12,1% em novembro. Já Financiamento de carro atingiu 18,4%, ante 18% em outubro; seguido por Financiamento de casa, que foi de 12,8% para 12,7%; e Cheque especial, que passou de 8,2% para 7,7%.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, esse resultado evidencia a dificuldade que famílias estão enfrentando para equilibrar o orçamento. Com a inflação elevada e o aumento do desemprego, muitos optam pelo pagamento apenas de uma parcela da fatura do cartão com o objetivo de ganhar fôlego no orçamento.

Comprometimento de renda

Segundo a pesquisa, entre os consumidores endividados, 39,7% têm dívidas com prazo médio de mais de um ano; enquanto 21,9% têm dívidas de até três meses; 19,5% têm a renda comprometida por um prazo entre três e seis meses; e 15,9% têm a renda comprometida por um período de seis meses a um ano.

Para a Entidade, nos últimos três meses, na comparação com o mesmo período de 2014, houve mudança no perfil do endividamento. No período, notou-se um leve crescimento na proporção de endividados com dívidas de até seis meses e um recuo na proporção com dívidas mais longas. Isso porque as famílias estão recorrendo a linhas emergenciais, na tentativa de equilibrar o orçamento, e evitando o financiamento de bens duráveis, mais longos.

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