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Negócios

Circuitos temáticos de turismo são atração em 32 regiões de São Paulo

Turistas movimentam a economia das cidades e são potenciais impulsionadores de negócios

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Circuitos temáticos de turismo são atração em 32 regiões de São Paulo

O Estado São Paulo tem diversas atrações que ainda são desconhecidas pelos próprios paulistas. Para chamar a atenção, 32 regiões se uniram em circuitos turísticos. O momento pode ser ideal para eles, uma vez que são destinos mais próximos e baratos.

Um dos circuitos de destaque é o da Costa da Mata Atlântica, que inclui nove cidades da Baixada Santista: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. A marca foi criada em 2003 pelo Santos e Região Convention & Visitors Bureau (SRCVB) e pelas nove prefeituras.

“A iniciativa buscou fortalecer nossos diferenciais, e o desafio é fazer as pessoas redescobrirem a região, que vai além das praias. É um esforço porque, muitas vezes, o próprio morador local não conhece a cidade vizinha”, afirma o gerente executivo do SRCVB, Alexandre Nunes.

O circuito tem material gráfico completo sobre infraestrutura, portal na internet, aplicativo de celular em três idiomas e atuação constante nas mídias sociais. Na divulgação a estratégia é identificar os distintos mercados, para combater a sazonalidade e obter fluxo o ano inteiro. Para avançar na promoção do destino foi lançado, em agosto, um portal internacional na internet (inglês e espanhol) voltado a negócios e eventos.

No ano que vem deve ser lançado um observatório do turismo na região, em parceria com Universidade Paulista (Unip), Etecs, Instituto Federal de Cubatão, Sebrae-SP, prefeituras, entre outros agentes. “Vamos criar uma metodologia para monitorar o fluxo de turistas, a partir de dados de vendas de passagens de ônibus, pedágio, balsas, setor hoteleiro e eventos. Teremos ainda parte qualitativa para entender como o turista avalia a região. Com isso, podemos ser mais efetivos na criação de políticas públicas e acadêmicas, melhorando a formação da mão de obra”, completa Nunes.  

Turismo rural

Outro destaque é o Circuito das Frutas, formado pelas cidades de Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo. Criado em 2000, o roteiro nasceu da Associação de Turismo Rural do Circuito das Frutas, com o objetivo de desenvolver o turismo local. “Desde a década de 1980 havia um desafio de agregar valor às propriedades rurais. A descoberta foi o turismo e focamos em trazer turistas e em capacitação aos empreendedores”, afirma o proprietário da operadora receptiva regional Rizzatour e um dos fundadores da entidade, José Luiz Rizzato.

Recentemente a cidade de Jundiaí foi destacada como uma das dez referências para o turismo rural no Brasil pelo Ministério do Turismo. A importância do circuito também pode ser medida em pesquisa realizada em 2014 na cidade, que revelou que 500 mil turistas foram ao destino por causa do turismo regional no ano.

Pé na estrada

O circuito Caminho do Sol, que corta dez cidades do interior paulista, aposta em experiência similar a do Caminho de Santiago, popular destino para peregrinos na Espanha.

O roteiro começou em 2002, graças ao entusiasmo de José Carlos Palma. “Resolvi criar um ambiente para caminhadas de longa distância, dotado de infraestrutura que permitisse o contato om a natureza”, afirma Palma, que ainda ressalta que o Caminho do Sol é uma instituição privada e não depende em nada das prefeituras ou qualquer órgão ou verba pública.

No ano passado, estiveram no circuito 674 peregrinos e 428 “bicigrinos” (ciclistas) passando pelas cidades de Águas de São Pedro, Cabreúva, Capivari, Itu, Mombuca, Piracicaba, Pirapora do Bom Jesus, Salto, Santana de Parnaíba e São Pedro. “A passagem de peregrinos influencia diretamente a economia local, com os consumos de produtos, alimentação e serviços”, explica Palma. O público é misto, vindos de todos os Estados, além de países como Alemanha, Áustria, Argentina, Bélgica, Estados Unidos, França, Espanha, Japão, Itália e Venezuela.

Já o Circuito Turístico Religioso, que inclui os municípios de Aparecida, Guaratinguetá, Lorena, Canas e Cachoeira Paulista, é mais recente, criado em 2007 após a visita do Papa Bento XVI ao Brasil. Seguindo a trilha, em 2009, foi criada Associação dos Guias do Circuito Turístico (AGCTUR) para unir a mão de obra especializada da região. “Formamos a entidade quando ainda éramos alunos do curso de turismo local, mas hoje temos 50 profissionais associados”, diz o presidente a AGCTUR, João Gilberto de Oliveira. 

Leia a íntega da reportagem publicada na edição nº 40 da revista C&S.

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