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Economia

Comércio varejista paulista fecha primeiro semestre com queda de 3,7%

Entre janeiro e junho de 2015, o varejo paulista perdeu cerca de R$ 10 bilhões na comparação com o mesmo período do ano passado

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Comércio varejista paulista fecha primeiro semestre com queda de 3,7%

No primeiro semestre de 2015, o faturamento do comércio varejista do Estado de São Paulo apresentou queda de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que representou uma redução de R$ 9,8 bilhões. Já no comparativo mensal, a receita total do varejo também se manteve em ritmo de retração e recuou 3,7% em junho, atingindo R$ 41,4 bilhões, resultado R$ 1,6 bilhão menor em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

Segundo a assessoria econômica da Federação, os resultados obtidos em junho confirmam o ciclo negativo do comércio varejista paulista. A Entidade ressalta que o recuo das vendas em junho foi estabelecido contra uma base de comparação muito fraca - junho de 2014, período de realização dos jogos da Copa do Mundo. Assim, as vendas ainda menores evidenciam a dimensão da profundidade da crise do varejo e da retração do consumo das famílias no estado de São Paulo.

Das nove atividades pesquisadas, cinco mostraram queda do faturamento real em junho, sendo que as maiores retrações foram registradas nos segmentos de Lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-29,7%); Lojas de móveis e decoração (-6,3%); e Lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,2%), que, somados, pressionaram negativamente o resultado geral com 3,9 pontos porcentuais. Já nas vendas acumuladas no semestre os setores ligados à comercialização de bens duráveis recuaram acima de dois dígitos: Eletrodomésticos, eletrônicos e Lojas de departamentos (-14,5%); Concessionárias de veículos (-13,6%); e Lojas de móveis e decoração (-12,9%).  

Por outro lado, mesmo não sendo suficientes para impedir a queda anual do varejo, os setores de Farmácias e perfumarias (7,1%) e Lojas de autopeças e acessórios (7,9%) contribuíram com 0,6 p.p na variação total. O setor de Supermercados também apresentou alta de 1,4% e colaborou com 0,4 p.p. No semestre, apenas os segmentos de Supermercados (1,7%) e Farmácias e perfumarias (4,6%) apresentaram alta das vendas.

Expectativa

De acordo com a assessoria econômica da FecormercioSP, diante da atual conjuntura econômica, baixa produção industrial, dificuldade de crédito para as famílias, alta do desemprego e de inflação, as projeções apontam para nova queda, ao redor de 5% em agosto, e previsão de uma retração de faturamento real de 6% para o ano de 2015.

Com avanço da crise econômica e as dificuldades políticas para articulação e adoção dos ajustes necessários, fica claro que o péssimo ciclo de queda das vendas ainda está muito distante de acabar e pode perdurar ao longo do próximo ano.

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