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Imprensa

Comércio varejista paulistano recua 3,2% em julho, aponta FecomercioSP

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São Paulo, 13 de outubro de 2015 - O faturamento real do comércio varejista da capital paulista apresentou, em julho, queda de 3,2% na comparação com o mesmo mês de 2014, atingindo R$ 13,3 bilhões. A receita total do mês ficou R$ 443,2 milhões abaixo do registrado em julho do ano passado.  No acumulado do ano, o varejo da cidade de São Paulo apresentou retração de 2%.
 
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).
 
Entre as nove atividades analisadas pela pesquisa, seis apresentaram recuo, sendo que os resultados negativos mais relevantes foram observados no segmento de Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-17,2%), que impactou o resultado geral com -1,3 ponto porcentual; no de Materiais de construção (-16,0%), com impacto de -1,3 p.p.; e no de Lojas de móveis e decoração (-11,4%), com contribuição de -0,2 p.p.
 
No sentido contrário, entre os setores que alcançaram desempenho positivo, o destaque foi do setor de Autopeças e acessórios, que apresentou o expressivo crescimento de 15,8% em relação a julho do ano passado, porém dada sua baixa representatividade no varejo da região, contribuiu com apenas 0,3 ponto porcentual. Segundo a FecomercioSP, o crescimento apresentado nesse segmento mostra que grande parte dos paulistanos está optando pela manutenção e reparo dos veículos em vez da aquisição de carros novos, aspecto tipicamente notado em épocas de crises econômicas. Houve elevação também nos segmentos de Supermercados (2,6%) e de Farmácias e perfumarias (1,2%), que juntos colaboraram com 0,9 p.p. no resultado geral.
 
 
 
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o desempenho negativo pode ser atribuído às recentes altas nas taxas de desemprego, que têm se mostrado mais intensas na cidade de São Paulo e atinge muito o setor de serviços, onde as médias de rendimentos são tradicionalmente maiores.  Ao considerar essa tendência de deterioração ainda maior da renda na capital aliada a inflação alta e baixo crescimento econômico, é improvável uma recuperação das vendas do varejo a médio prazo.
 
Desempenho estadual
Em julho, o faturamento real do comércio varejista do Estado de São Paulo registrou queda expressiva de 6,3% em relação ao mesmo ao mesmo mês de 2014 e atingiu o montante de R$ 42,8 bilhões. O resultado ficou R$ 2,8 bilhões abaixo do alcançado em igual mês do ano passado. É a quarta queda consecutiva nessa mesma base de comparação. No acumulado do ano, as vendas do varejo paulista recuaram 4,1%, o que representa R$ 60 bilhões a menos na comparação com o mesmo período de 2014.
 
Segundo a Entidade, nenhuma das 16 regiões do estado conseguiu evitar o declínio das vendas. Assim como observado no  mês anterior, o mau desempenho foi obtido mesmo diante de base comparativa fraca do ano passado - junho e julho, quando foi realizada a Copa do Mundo, meses que contaram com menos dias úteis por conta dos feriados e folgas concedidos.
 
Entre as nove atividades pesquisadas, seis apresentaram queda acima de dois dígitos em julho. Os destaques negativos ficaram por conta dos segmentos: Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-15,5%), que influenciou o resultado geral com -1,3 ponto porcentual; Materiais de construção (-15,3%), com -1,2 p.p. de contribuição; e Concessionárias de veículos (-13,5%), com colaboração de -1,8 p.p.
 
Apenas os setores ligados a produtos essenciais apresentaram crescimento nas vendas: Supermercados (4,1%) e Farmácias e perfumarias (1,9%), que, somados, contribuíram em apenas 1,3 p.p. e não evitaram o recuo do resultado geral.
 
Expectativa
De acordo com a FecomercioSP, os resultados de julho mostram o agravamento do cenário do comércio, diretamente afetado pela deterioração dos indicadores de renda e  emprego. Com isso, a Entidade acredita que a retomada das vendas permanece distante.
 
As projeções apontam que os resultados das vendas de agosto voltarão a cair, provavelmente em torno de 6% ante o mesmo mês de 2014.  No ano, a Federação prevê um recuo de 7% nas vendas em comparação com o ano passado, o que representará o pior desempenho registrado desde que a pesquisa foi iniciada.
 
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
 
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
 

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