Economia
08/12/2014Confiança do comerciante paulistano melhora no mês de novembro
Indicador medido pela FecomercioSP foi puxado pelo avanço nas expectativas do setor e no nível de investimentos

A confiança do comerciante paulistano segue demonstrando melhora pelo terceiro mês consecutivo, impactada, principalmente, pelas altas nas expectativas do setor e no nível de investimentos dos empresários. Em novembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (ICEC) registrou avanço mensal de 0,9%, para 103,6 pontos em relação a outubro, quando alcançou 102,6 pontos. No entanto, se comparado ao mesmo período de 2013, o índice está 12,7% menor. O indicador, que varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total), é medido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
No período, dois quesitos que compõem o indicador registraram melhora nas percepções. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) elevou 1,5% em relação a outubro, totalizando 143,3 pontos em novembro contra 141,1 pontos registrados em outubro. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) também subiu 1,5% na variação mensal, mas ainda está na área do pessimismo, aos 98,9 pontos.
Em contrapartida, o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) apresentou queda de 1% ante outubro, marcando 68,6 pontos, cenário negativo para a situação presente.
As empresas de menor porte foram as principais responsáveis pela melhora na confiança do empresário do comércio, cujo índice subiu 1,2% em relação a outubro. Nas empresas com mais de 50 empregados, no entanto, o indicador caiu 8,9% na mesma base comparativa. Apesar das variações contrárias, ambos os portes estão em patamares próximos de confiança, aos 103,6 e 104,3 pontos, respectivamente – fato que se repete pela segunda vez em quatro anos. Em relação ao mesmo período do ano passado, os dois níveis de empresas apresentaram queda no indicador, sendo de 12,5% entre as menores e de 20,2%, entre as maiores.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o movimento da confiança na análise por porte das empresas demonstra que está distante a hipótese de melhora profunda na condução econômica do País, já que as grandes empresas são as primeiras a ter percepção mais adequada do ambiente.
A Entidade avalia, ainda, que a insatisfação dos empresários quanto ao momento atual é reflexo, principalmente, da desaceleração da massa de salários e do menor crescimento do crédito, que inibem a intenção de compra dos consumidores e refletem no resultado do varejo.
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