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Imprensa

Confiança do consumidor atinge pior patamar desde outubro de 2003, aponta FecomercioSP

Indicador passou de 109,5 para 107,4 pontos, mantendo série de variações negativas iniciada em março

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São Paulo, 30 de junho de 2014 - A confiança dos paulistanos atingiu, em junho, o pior patamar desde outubro de 2003. Ao cair 1,9%, para os 107,4 pontos, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ficou mais perto da zona de pessimismo - abaixo dos cem pontos. Desde fevereiro, quando chegou aos 136,4 pontos, o indicador tem apresentado tendência de queda, com quatro variações negativas seguidas. Na comparação com junho do ano passado (145 pontos), o ICC despencou 26%.

Para os economistas da FecomercioSP, inflação elevada, modestos ganhos de renda e juros mais altos continuam a prejudicar o orçamento doméstico das famílias da cidade de São Paulo. Esse quadro, além de fazer com que a percepção da economia em geral seja ruim, tem contribuído para frear perspectivas favoráveis sobre o futuro próximo.

De maio para junho, foi mantido apenas o índice para paulistanos com remuneração inferior a dez salários mínimos: 110,6 pontos. Para todas as demais segmentações, a confiança diminuiu no período. Entre os destaques negativos ficaram os que ganham a partir de dez salários mínimos, cujo indicador caiu 6,2% aos 100,5 pontos; as mulheres, com redução do otimismo aos 101,1 pontos, após baixa de 3,5%; e as pessoas com 35 anos ou mais, que também diminuíram a confiança em 3,5%, atingindo a marca de 100,2 pontos (neutralidade).

Os dois subindicadores do ICC apresentaram queda no mês. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que apura a satisfação dos consumidores com a situação momentânea, caiu 0,8% aos 110,9 pontos. Comportamento pior registrou o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que mede as projeções para os próximos meses e, no período, baixou aos 105 pontos, com variação de -2,7%.

Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores do município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

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