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Economia

Confiança do empresariado varejista para de cair, mas pessimismo permanece

Índice que apura ânimo dos empresários do varejo registra primeira alta no ano, mas percepção sobre condições atuais da economia cai 8,9%

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Confiança do empresariado varejista para de cair, mas pessimismo permanece

Embora não haja sinais de restauração do otimismo empresarial, a discreta alta do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), traz certo alento após 10 quedas consecutivas. O indicador, que em setembro registrou 72,3 pontos, teve elevação em outubro, alcançando 72,8 pontos. 
 
Contudo, levando-se em consideração que o ICEC varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total), fica evidente que o cenário ainda está longe de ser positivo. A comparação com o resultado obtido em outubro de 2014 reforça essa constatação: à época, o indicador atingiu 102,6 pontos, portanto, ainda no patamar de otimismo. De lá para cá, o ICEC já despencou 29,1%.
 
Além disso, o componente da pesquisa responsável por sondar a percepção do empresário em relação às condições atuais da economia teve retração de 8,9%, ao passar de 18,4 pontos em setembro para 16,7 em outubro. É a primeira vez desde 2011, quando teve início a série histórica, que o valor fica tão baixo. 
 
No recorte por porte, os números também não são animadores. A confiança das empresas com até 50 empregados registrou 72,7 pontos em outubro contra 72,2 em setembro, leve alta de 0,7%. Na comparação com o mesmo período de 2014, a retração foi de 29,0%. Já as empresas com mais de 50 empregados alcançaram 76,3 pontos neste mês ante 78,7 no mês passado, queda de 3,1%. No comparativo anual, a retração foi de 33,4%.
 
Esse pessimismo tende a afetar o emprego no setor. De acordo com os dados coletados em outubro, 68,9% das empresas de menor porte e 59,3% daquelas de maior porte já cogitam reduzir o quadro de funcionários. No mesmo mês do ano passado, os percentuais eram de 33,9% e 31,6%, respectivamente.
 
Indicadores
A análise detalhada do ICEC mostra que houve avanços em dois de seus três subíndices, razão pela qual a confiança empresarial interrompeu sua trajetória de queda. O índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) teve alta de 1,3% entre setembro (111,2 pontos) e outubro (112,6). O saldo positivo foi impulsionado pelo componente Expectativa do Comércio (EC), que capta o humor do empresário em relação ao próprio setor. O indicador saiu de 110,2 pontos em setembro para 113,4 em outubro, crescimento de 2,9%. 
 
Por sua vez, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) subiu discretamente no comparativo mensal: 0,6%. O indicador passou de 70,1 pontos em setembro para 70,6 em outubro. Contribuiu para o resultado o componente Situação Atual dos Estoques (SAE), que foi de 76,8 pontos em setembro para 78,2 em outubro, elevação de 1,8%.
 
No caminho contrário, o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) registrou queda de 1,2% entre os meses de setembro (35,6 pontos) e outubro (35,1 pontos). Como já mencionado, o resultado foi pressionado pelo componente Condições Atuais da Economia (CAE), que registrou retração de 8,9%. 
 

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