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Negócios

Cuidado com a saúde estimula venda de alimentos saudáveis em máquinas

Salgadinhos e refrigerantes já disputam espaço com sanduíches naturais, iogurtes, saladas e sucos

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Cuidado com a saúde estimula venda de alimentos saudáveis em máquinas

Máquinas podem ser instaladas em lugares públicos, estabelecimentos comerciais ou mesmo dentro de empresas, para atender o público interno
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

O interesse crescente dos brasileiros por uma alimentação mais saudável incentiva a criação de negócios. Um exemplo são as “vending machines” – máquinas instaladas em empresas ou ambientes de grande circulação que comercializam bebidas e/ou alimentos (embalados e prontos para o consumo) de forma automatizada. Conhecidas pela praticidade na oferta de produtos mais industrializados, como salgadinhos e refrigerantes, já oferecem sanduíches naturais, iogurtes, saladas e sucos.

Alguns números indicam o potencial de crescimento desse tipo de negócio. Uma pesquisa da agência de inteligência de mercado Mintel aponta que 73% dos brasileiros declaram ter consumido menos salgadinhos no último ano. Também mostra que quase metade dos entrevistados (49%) consome algum tipo de salgadinho saudável, como snacks de baixas calorias, com mais proteínas e sem glúten, e 37% deles ingerem salgadinhos integrais, vistos geralmente como mais saudáveis do que os comuns, no mesmo período.

Foi de olho nesse potencial que Douglas Schlickmann adquiriu, no final do ano passado, a empresa Quinze Minutos, cujo negócio é fornecer vending machines recheadas de itens saudáveis. São 10 máquinas em funcionamento que faturam cerca de R$ 50 mil por mês, com previsão de ampliar para 20 até o final do ano (e faturar o dobro, ou R$ 100 mil mensais). “Hoje a maioria delas está dentro de indústrias e agora fechamos parcerias com um aeroporto e um prédio comercial que abriga uma faculdade, todos em Joinville”, conta o empresário.

Por enquanto, a Quinze Minutos ainda não tem estrutura para ampliar a atuação para outras regiões do País – apesar de receber contato de interessados de São Paulo, Rio de Janeiro e estados nordestinos. A ideia é transformar o negócio em franquias a partir da metade de 2018.

Como funciona
As máquinas podem ser instaladas em lugares públicos, estabelecimentos comerciais ou mesmo dentro de empresas, para atender o público interno (colaboradores). Os formatos de contrato variam. Em alguns casos a Quinze Minutos aluga o espaço (como no aeroporto e em condomínios empresariais). Em outros, fornece a máquina em troca do local, um ponto de internet e a energia.

O monitoramento dos produtos é feito via software. Pacotes de salgadinhos duram até seis meses enquanto sanduíches, iogurtes e sucos naturais, de cinco a sete dias. “Abastecemos as máquinas diariamente e checamos todos os prazos de validade. Monitoramos a temperatura também, para evitar que estraguem caso haja queda de energia”, explica o empresário.

Para empreender no ramo
O ideal é que, como na venda dos produtos “convencionais” (como refrigerantes e salgadinhos), as vending machines com produtos saudáveis aceitem cartão de crédito, débito e mesmo tíquete-refeição. “Essas máquinas nasceram com esse viés”, comenta Eduardo Vils, vice-presidente de Meios de Pagamento da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), que tem fornecedora de solução de pagamento para o setor entre as associadas. Segundo ele, máquinas que vendem produtos saudáveis registram tíquete médio superior em 20% a 30% em relação às que não comercializam esses itens.

Um dos desafios para quem empreende no ramo é conseguir boas taxas com as fornecedoras dos cartões, para garantir uma boa margem de vendas. “Como o tíquete médio é baixo, precisa ter boa gestão de custos. Tem que pagar a máquina, o software, o aluguel da máquina de cartão e ter dinheiro para comprar as mercadorias”, acrescenta.

Outra dica é da assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que observa a importância de seguir algumas regras para o manuseio de alimentos. A prefeitura de São Paulo, por exemplo, tem o Manual de Alimentos Seguros e o Manual de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos.

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