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Negócios

Empreendimentos de uso misto conquistam clientela de hotéis

Conceito tem foco na expansão dos negócios dos setores imobiliário e hoteleiro

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Empreendimentos de uso misto conquistam clientela de hotéis

Conceito busca soluções que ofereçam mais segurança para os negócios de incorporadoras e empresas administradoras de hotéis
(Arte TUTU)

Por Deisy de Assis

Reunir, em um único espaço, hotel, empresas e residências é uma estratégia que alcançará 2017 sem dar sinais de esgotamento. O combustível para esse segmento - conhecido como mixed use (uso misto), comum em outros países - é a busca por soluções que ofereçam mais segurança para os negócios de incorporadoras e empresas administradoras de hotéis. 

“Trata-se de uma estratégia do mercado imobiliário para garantir o desenvolvimento de empreendimentos, o que beneficia diretamente o setor hoteleiro e de eventos corporativos”, afirma o membro do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e diretor do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), Orlando Souza. 

Dos mais de 630 hotéis associados ao FOHB, Souza estima que pelo menos 90% estejam instalados em empreendimentos de incorporadoras imobiliárias, que comercializam as unidades com foco na operação hoteleira. Embora não haja levantamento específico sobre o mixed use, o fórum observa que instalações no perfil têm sido cada vez mais comuns. 

Segundo Souza, a tática gera potencial, uma vez que, em um único local, empresas que atuam com eventos corporativos podem conciliar hospedagem e a realização de congressos e conferências. “Isso é muito competitivo, pois oferece comodidade ao cliente.” 

A rede Accor Hotels confirma na prática esses benefícios. A empresa inovou com o modelo mixed use no início dos anos 2000, lançando o complexo Times Square Cosmopolitan Mix. Ele é formado por dois hotéis que somam 366 apartamentos e 177 unidades hoteleiras, e uma torre office, a Wall Street Office. 

De acordo com o diretor de vendas para a América do Sul da rede, Paulo Frias, para o setor de eventos corporativos a torre oferece cinco salas de eventos e reuniões, das quais duas podem ser moduladas, tornando-se uma sala com 114 m² e capacidade máxima de até 120 pessoas em auditório. Há ainda outras 150 salas destinadas para atividades comerciais. 

Investimentos recentes 

Este ano, a rede lançou também o Ibis Styles Barra Funda, cujo hotel, com 308 apartamentos, possui um prédio empresarial acoplado.

O novo hotel Ca’d’Oro São Paulo, no centro da Capital, é outro exemplo de foco no conceito mixed use. Ele possui quatro tipos de ocupação: residencial, comercial, hotel e restaurante. A estrutura mista está distribuída em duas torres, sendo uma comercial, com salas para eventos em oito dos 27 andares.

Segundo a Brookfield Incorporações, responsável pelo empreendimento, a escolha por mixed use para o novo Ca’d’Oro foi um sucesso. Em 2011, quando tiveram início as vendas do complexo, foram compradas as 908 unidades - entre apartamentos, salas comerciais e unidades hoteleiras.

Diante do interesse do mercado e de resultados positivos com o mixed use, o diretor do FOHB considera que muitas empresas já têm novos projetos em vista. A Accor Hotels é uma delas. “A previsão é que em 2017 lancemos mais três nesse perfil”, contou Frias.

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