Editorial
16/01/2017Empregos formais no varejo da região de Bauru encolhem 1,8% em outubro, mas resultado é segundo melhor do Estado
Segundo a FecomercioSP, comércio varejista criou 91 postos de trabalho no mês e estoque total alcançou 74.527 trabalhadores
São Paulo, 16 de janeiro de 2017 – Em outubro, o comércio varejista na região de Bauru criou 91 postos de trabalho, resultado de 2.612 admissões contra 2.521 desligamentos. No acumulado de 12 meses, foram eliminados 1.335 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo, na comparação com outubro de 2015, de 1,8% do estoque total – segundo melhor resultado do Estado de São Paulo – que atingiu 74.527 trabalhadores formais no mês.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Das nove atividades analisadas, apenas os segmentos de supermercados (1,1%), farmácias e perfumarias (0,5%) e autopeças e acessórios (0,2%) apresentaram crescimento no estoque de empregados em outubro na comparação com o mesmo período de 2015. Os recuos mais significativos ficaram por conta dos setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-8,1%), lojas de móveis e decoração (-8%) e de materiais de construção (-5%).
Desempenho estadual
Após extinguir pouco mais de 2 mil empregos em setembro, o comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a abrir postos de trabalho em outubro. No mês, foram criados 3.185 empregos, resultado de 73.339 admissões e 70.154 desligamentos. O resultado demonstra recuperação do mercado de trabalho, já que em outubro de 2015 foram perdidos 1.094 postos com carteira assinada. Assim, o varejo paulista encerrou outubro com estoque ativo de 2.072.244 trabalhadores, queda de 2,6% na comparação com o mesmo mês de 2015.
De acordo com a Assessoria Econômica da FecomercioSP, o desempenho positivo de outubro foi puxado pelo otimismo que o Natal, principal data do varejo, trouxe aos empresários. Em 2015, os impactos da crise econômica foram grandes e fizeram o mês de outubro registrar pela primeira vez saldo negativo no varejo paulista. Agora se observa, mesmo que de forma ainda tímida, mais otimismo e, consequentemente, geração de empregos. Este novo cenário também é visto nos indicadores de confiança de consumidores e empresários, apurados pela Federação, que estão evoluindo positivamente desde o fim do primeiro semestre de 2016.
Mesmo com o bom desempenho de outubro, sete das nove atividades pesquisadas apresentaram queda no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015, sendo os piores desempenhos registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-6,3%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,2%) e lojas de móveis e decoração (-6%). Em contrapartida, apenas as atividades de farmácias e perfumarias (2,2%) e supermercados (0,4%) geraram empregos na mesma base de comparação.
Com relação aos dados por ocupações, todas as funções criaram vagas no mês, com destaque para vendedores e demonstradores (+2.309 vagas) e escriturários de controle de materiais e de apoio à produção (+763 vagas), que foram os segmentos que mais geraram empregos formais em outubro.
Segundo a FecomercioSP, a reação das vendas, melhores expectativas, inflação em queda e juros baixando proporcionam uma perspectiva mais positiva, mesmo frente a uma realidade ainda muito grave, principalmente ao poder de compra das famílias.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; matérias de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercado e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
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