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Imprensa

Energia sobe 11,79% e eleva custo de vida do paulistano

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São Paulo, 20 de agosto de 2014 - O custo de vida na região metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu 0,12% em julho, puxado pela alta de 11,79% na tarifa de energia elétrica. A desaceleração do índice geral, em relação aos 0,38% apurados em junho, sinaliza, segundo os economistas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que a batalha contra a inflação já passou de sua fase mais crítica.

Para a Entidade, embora o desaquecimento econômico já surta efeitos sobre o índice de preços, o principal foco de atenção de autoridade monetária deve ser o abastecimento, já que o preço dos alimentos subiu, em média, 10,07% nos últimos 12 meses e 0,31% em julho, em relação a junho - portanto, bem acima do índice geral.

Os grupos de produtos que mais pressionaram o custo de vida foram habitação (2,05%) e artigos para o lar (0,75%). Em contrapartida, houve recuo do preço dos custos de comunicação (-3,68%), embora esse item tenha peso cada vez menor no custo de vida, e transportes (-0,96%).

Se levado em conta o poder de compra, a classe A continua registrando as maiores altas de preços, com 0,22% em julho. A inflação, no mesmo período, foi de 0,19% para a classe B; 0,12% para a classe C; 0,08% para a classe D; e 0,17% para a classe E.

Preços x Serviços
Separados os itens de serviços do total de itens pesquisados, verificou-se a terceira elevação consecutiva, com 0,23% em julho. No mês, o grupo habitação, em razão do aumento de energia, subiu 2,49% em média. Na sequência, veio o grupo de artigos de residência, com alta de 1,78%. Alimentação fora de casa subiu 0,36%, no mês, e 9,62%, nos últimos 12 meses.

O grupo de produtos permaneceu estável. Houve, no entanto, variação entre os grupos que compõem o indicador, com maiores altas de artigos de residência (0,67%) e habitação (0,60%). No mês, por exemplo, as roupas de banho subiram 7,82% e os artigos de limpeza, 1,52%. Em julho, a maior queda de preços foi verificada em vestuário (-0,67%). Roupas femininas e calçados femininos caíram 1,33% e 1,73%, respectivamente.

Metodologia
O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar pesos e efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo.

A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV, 181 produtos de consumo.

As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,23 (A). Esses valores foram atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e serviços sobre o orçamento familiar.

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