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Imprensa

Faturamento das lojas de vestuário, tecidos e calçados cai 34,3% em maio e influencia desempenho do varejo na região de Presidente Prudente

Segundo a FecomercioSP, vendas do comércio varejista na região contabilizaram R$ 681,8 milhões no mês, queda de 2,4% em relação a maio de 2015

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São Paulo, 19 de agosto de 2016 – Em maio, o comércio varejista na região de Presidente Prudente registrou faturamento real de R$ 681,8 milhões, queda de 2,4% na comparação com o mesmo mês de 2015. No acumulado do ano o recuo foi de 0,7% e nos últimos doze meses a retração foi de 4,9%.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Entre as nove atividades analisadas, cinco apresentaram queda em maio no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos ficaram por conta dos segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-34,3%), concessionárias de veículos (-6,5%) e supermercados (-1,6%), que juntos tiveram impacto negativo de 4,1 pontos porcentuais (p.p.) sobre o resultado geral.

Em contrapartida, os setores de lojas de móveis e decoração (9,1%), outras atividades (6,5%) e farmácias e perfumarias (1,4%) apresentaram os melhores desempenhos do varejo da região no mês e contribuíram, juntos, com 2 p.p. para amenizar o resultado negativo.

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Desempenho estadual
Em maio, o faturamento real do comércio varejista paulista atingiu R$ 46,1 bilhões – menor resultado para o mês nesta década. A retração foi de 4,5% em relação ao mesmo período de 2015, quando a receita foi de R$ 48,2 bilhões. No acumulado de 12 meses, a queda atinge 5,9%.

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas Araraquara (2,5%), Litoral (1,6%), Guarulhos (1,2%) e Taubaté (0,7%) apresentaram aumento nas vendas no Estado de São Paulo em relação a maio de 2015. Os piores desempenhos do mês ficaram por conta das regiões de Osasco (-17,2%), Bauru (-7,8%), ABCD (-6,7%) e Capital (-5,7%).

Das nove atividades pesquisadas, apenas três apresentaram crescimento em maio na comparação com o mesmo mês de 2015. Os destaques positivos ficaram por conta dos setores de farmácias e perfumarias (10,3%), autopeças e acessórios (6,8%) e supermercados (2,2%), que juntos amenizaram a queda geral em 1,5 ponto porcentual.

Já os setores de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-15,8%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-14,9%), materiais de construção (-13,2%) e lojas de móveis e decoração (-10,5%) registraram os piores desempenhos em maio e, em conjunto, colaboraram negativamente para o índice geral em 3,9 p.p..

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, os resultados de maio estão de acordo com as estimativas divulgadas pela Federação para o mês das mães, mostrando diminuição das vendas no varejo, inclusive nas atividades onde, sazonalmente, a data costuma apresentar crescimento, como a de vestuário. Os demais segmentos acompanharam a queda do comércio paulista, sendo que o destaque positivo ficou com as lojas de autopeças, que exibiram crescimento expressivo beneficiando-se da forte queda na comercialização de automóveis novos e da consequente necessidade de reparos nos carros usados.

Expectativa
De acordo com a FecomercioSP, as projeções indicam que a partir de julho o varejo tende a apresentar taxas de crescimentos mensais até outubro que permitiriam encerrar o ano de 2016 com queda próxima de 1%. Embora se mostrem até certo ponto inesperados, segundo a Entidade, esses índices mensais positivos são bastante factíveis, observando-se que seriam obtidos em função das bases comparativas bastante frágeis de 2015. No segundo semestre do ano passado, as quedas do faturamento se tornaram mais intensas, passando de uma média de -4,0% registrada nos seis primeiros meses para -8,8% na segunda metade de 2015, com pico de -12,2% em setembro.

Caso as projeções se concretizem, segundo a Federação, poderão ser entendidas como um sinal claro de esgotamento do processo recessivo da atividade varejista. Embora ainda sem os elementos que permitam assegurar um período duradouro e de longo prazo de recuperação do movimento do comércio paulista em 2017, essa atenuação das quedas nas vendas pode abrir espaços para a necessária retomada dos níveis de confiança dos agentes econômicos e tornar mais propício o ambiente de investimentos.

Assim, ainda de acordo com a FecomercioSP, o ano de 2016 tende a fechar com uma variação entre 0% e -1% no faturamento real, graças aos bons desempenhos dos setores de farmácias, dos supermercados e de autopeças e acessórios.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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