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Economia

Inadimplência elevada na cidade de São Paulo inibe consumo

Empresário pode facilitar as formas de pagamento dos clientes e trabalhar junto com fornecedores para que preços sejam mantidos

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Inadimplência elevada na cidade de São Paulo inibe consumo

Modalidade em que as pessoas estão mais endividadas é o cartão de crédito, com 71,9%
(Arte: TUTU)

A inadimplência na cidade de São Paulo permaneceu em outubro em um patamar elevado (20,1%), e isso deve frear o consumo até o fim do ano. Diante dessa possibilidade, o empresário pode facilitar as formas de pagamento dos clientes e trabalhar com fornecedores para que os preços sejam mantidos.

Em números absolutos, são 784 mil famílias que não conseguiram pagar a dívida na data do vencimento. No mesmo mês do ano passado, a taxa de inadimplência estava um pouco mais baixa (19,6%). Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), medida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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A PEIC também mostra que a taxa de endividamento na cidade de São Paulo ficou tecnicamente estável em outubro. São 54,7% das famílias da capital paulista, ou 2,14 milhões de famílias, que possuem algum tipo de dívida.

A modalidade em que as pessoas estão mais endividadas é o cartão de crédito, com 71,9%, pouco acima dos 70,9% de setembro. Na segunda posição veio o carnê, com 14,7%, seguido de financiamentos de carro e casa, com 12,7% e 12,2%, respectivamente.

O perfil dessa dívida em atraso está cada vez mais concentrado no longo prazo (acima de 90 dias), com 55,5%. Isso é um indicativo importante da dificuldade das famílias em acertar as contas. O atraso do pagamento entre 30 e 90 dias está em 23,5%, e até 30 dias, em 19,7%.

A taxa de famílias paulistanas que já dizem que não terão condições de arcar com a dívida se manteve estável, ao passar do recorde histórico de 9,8% em setembro para 9,5% em outubro. No entanto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve aumento de 1,9 ponto porcentual.

Sobre o tempo de comprometimento da dívida não houve mudanças importantes em relação a setembro. O maior porcentual continua com o comprometimento acima de um ano (36% dos entrevistados). Há um ano, esse porcentual estava em 33,9%.

A parcela da renda comprometida com dívida ficou estável em 29%. Segundo a FecomercioSP, esse é o perfil considerado adequado para não haver problemas no orçamento doméstico.

Faixa de renda
Na avaliação por faixa de renda, as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos são as mais envidadas, com 58,4%, tecnicamente estável em relação a setembro. Para o grupo de famílias que ganham acima desse patamar, a taxa é mais baixa (44,2%), porém, teve avanço de 0,7 ponto porcentual no contraponto com setembro.

Para as famílias com renda mais baixa, a taxa de inadimplência passou de 25,5% em setembro para 25% em outubro, enquanto que no grupo dos que ganham acima de dez salários mínimos, a inadimplência caiu de 8,9% para 8,3%.

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