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20/01/2015Índice de estoques do comércio varejista paulistano cai em janeiro
O recuo do indicador neste mês aponta, no entanto, que o pior momento de estocagem elevada está se dissipando

A percepção dos empresários em relação ao nível de estoques do comércio na região metropolitana de São Paulo (RMSP) demonstrou retração em janeiro de 2015. Na comparação com o mês anterior, o recuo foi de 2,9%, passando de 110,6 para 107,4 pontos. Em relação a janeiro de 2014, a queda foi de 11,8%.
Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
Na análise da assessoria econômica da Entidade, a queda do indicador neste mês é em razão do aumento na proporção de empresários que dizem ter estoques abaixo do desejado. O Natal, apesar de fraco, pode ter auxiliado no ajuste de estoques diante de perspectivas menos positivas. Esse é um bom sinal para o varejo, na avaliação dos assessores.
A FecomercioSP ressalta que ter estoques pequenos demais não é adequado, mas a elevação no mês de janeiro de 13,8% para 16,3% da proporção de empresários que dizem ter estoques abaixo do desejado (uma alta de 18,3% entre janeiro deste ano e dezembro passado neste quesito) indica que o pior momento de estocagem elevada está se dissipando. Contudo, ainda é preciso alguns meses de continuidade desse processo para essa tendência se consolidar.
Se não houve incremento do número de empresários que afirmam ter estoques elevados entre dezembro e janeiro, apesar de um Natal fraco, significa que houve equilíbrio entre demanda e oferta na principal data para o setor. Isso demonstra que os empresários já estavam se antecipando a essa tendência. Sendo assim, vendas baixas não surpreenderam os lojistas - que, por sua vez, não exageraram no volume de estoques.
Portanto, não serão necessárias grandes liquidações e queimas de estoque neste início de ano. As promoções devem ocorrer, avalia a Federação, mas a necessidade de ajustar estoques será menor do que o previsto.
Apesar de não haver indícios de recuperação do consumo e das vendas - que não deve ocorrer neste ano ainda -, parece que o comércio está relativamente bem preparado para enfrentar as turbulências. Está, ao menos, fazendo projeções sem otimismo ou pessimismo exagerado.
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