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Imprensa

Intenção de consumo das famílias paulistanas atinge a menor pontuação desde janeiro de 2010, aponta FecomercioSP

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São Paulo, 06 de maio de 2015 - As famílias paulistanas reduziram ainda mais a intenção de consumo em abril, e os principais motivos foram a inflação que ultrapassa os 8% em 12 meses; a elevação dos juros e da tarifa de energia; a perspectiva de recessão; e o aumento nas demissões. O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu mais um recorde negativo - o pior nível histórico desde janeiro de 2010 - e está no limite do patamar de satisfação: chegou a 100,1 pontos, queda de 5,2% em relação a março. No comparativo anual, a retração foi ainda maior (-16,4%), também a pior já registrada.

Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o indicador varia de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é apontado como satisfatório.

Para a Federação, a estimativa para os próximos meses é de que o indicador continue em queda em razão da atual conjuntura de redução do crescimento econômico e juros elevados, podendo atingir o patamar de insatisfação no próximo mês e comprometer as vendas do Dia das Mães.

Itens
Entre os componentes do ICF, sete itens apresentaram queda, dos quais seis alcançaram os menores índices da pesquisa, iniciada em janeiro de 2010. A maior retração foi do indicador Perspectiva de Consumo, que em relação a março declinou 6,4% e atingiu 85,3 pontos - a sexta queda seguida e pelo quarto mês consecutivo abaixo dos 100 pontos, o que indica que as famílias devem ter um consumo inferior nos próximos meses.

O item Nível de Consumo Atual continua abaixo dos cem pontos pelo 27º mês seguido. O recuo mensal foi de 5,3% e somou 73 pontos. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, essa pontuação sugere que um quinto dos entrevistados pretende ter um consumo maior, contra 46% que declararam estar consumindo menos em relação ao mesmo período do ano anterior. Para completar os itens que estão na zona de insatisfação, o indicador Momentos Para Duráveis caiu 5,9% e atingiu 77,4 pontos em abril.

Com a maior queda em termos de pontos entre março e abril, o item Acesso ao crédito passou de 122,9 para 115,3 pontos e registrou baixa de 6,2%, o que demonstra uma significativa redução sobre a percepção da facilidade de obter financiamentos. Renda Atual retraiu 5% e atingiu 115,2 pontos. Os indicadores Emprego Atual (120,9 pontos) e Perspectiva Profissional (113,6 pontos), apesar de serem os mais bem avaliados no mês, apresentaram quedas de 3,7% e de 4,8%, respectivamente.

Renda
Pela primeira vez, uma das classes de renda analisadas pelo ICF ficou abaixo dos 100 pontos. O indicador das famílias com renda superior a dez salários mínimos marcou 90,5 pontos, 12,7% menor em relação ao mês de março - o que significa uma forte insatisfação com a atual crise econômica, principalmente em relação ao consumo e à perspectiva profissional. Já as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos também registraram queda (2,7%), mas atingiram 103,4 pontos em abril.

Metodologia
O ICF é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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