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Economia

Intenção de consumo volta a crescer em São Paulo após seis meses de quedas consecutivas; saiba o que fazer

Cenário menos desfavorável mostra como que a tendência de consumo na retomada deve ser lenta e gradual

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Intenção de consumo volta a crescer em São Paulo após seis meses de quedas consecutivas; saiba o que fazer

Importante, também, que o empresário aproveite o momento de circulação do auxílio emergencial, com valor reduzido e previsão de término em dezembro
(Arte: TUTU)

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu, em setembro, 64,2 pontos, alta de 4,7% na comparação com agosto – o pior mês da crise causada pela pandemia. Em relação a setembro de 2019, o ICF registrou forte retração de 33,1%, já que, naquele mês, o indicador atingiu 96 pontos. Para a pesquisa,  a FecomercioSP coleta dados de 2.200 consumidores no município de São Paulo. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) corrobora o resultado do ICF. Em setembro, houve aumento de 5,6%, ao passar de 102,6 pontos em agosto para os 108,4.

Ainda que os números apontem um cenário menos desfavorável do que o previsto, a FecomercioSP recomenda ao empresário que fique atento a fim de se evitar um otimismo exagerado com a retomada, consciente de que a recuperação será lenta, gradual e bastante desafiadora.

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O estoque deve ser monitorado a todo instante. Além disso, recomenda-se buscar novas opções de pagamento, como o PIX, que tende a reduzir a necessidade de circulação de moeda em espécie, prometendo revolucionar o sistema de pagamentos com o aumento das transações digitais.

Importante, também, que o empresário aproveite o momento de circulação do auxílio emergencial, com valor reduzido e previsão de término em dezembro. Após esse período, o cenário de desemprego elevado aparecerá de forma mais evidente; com isso, a limitação de consumo das famílias tende a crescer.

Emprego, endividamento e inadimplência

Além da questão do emprego – com o item Perspectiva Profissional, que apontou alta de 13,5% e atingiu os 74,1 pontos –, a intenção de consumir é afetada ainda pela injeção do auxílio emergencial, sobretudo para as famílias de baixa renda, e pela ampliação do horário de atendimento do comércio e dos serviços, além de mais acesso ao crédito. O item Nível de Consumo Atual avançou 8,9%; já a variação do item Perspectiva de Consumo foi de 7,3%; enquanto o item Acesso a Crédito obteve a mais alta avaliação no mês: 82,6 pontos.

O índice de endividamento, que integra o ICC, mostrou aumento no período, passando de 56,4%, em agosto, para 58,5% em setembro. A elevação mostra que as famílias estão voltando, aos poucos, a consumir, ao passo que os bancos estão liberando mais crédito, conforme apresentam os números de concessão de crédito do Banco Central (BC) nos últimos meses.

Com relação à inadimplência, apesar de uma ligeira alta de 17,2%, em agosto, para os 18,1%, em setembro, está abaixo dos 21,8%, um quadro positivo diante da magnitude da crise. Aos poucos, o aumento do endividamento revela que as pessoas estão, ao mesmo tempo, perdendo o medo de contrair dívidas e conseguindo arcar com os compromissos financeiros.

 
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