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Sustentabilidade

Logística Reversa: FecomercioSP expõe inconsistência em norma que quer instituir logística reversa das embalagens de plástico

Ministério do Meio Ambiente estuda criar sistema voltado ao recolhimento de plásticos, uma mudança operacionalmente inviável ao comércio; empresas estão preocupadas

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Logística Reversa: FecomercioSP expõe inconsistência em norma que quer instituir logística reversa das embalagens de plástico
O Comitê Logística Reversa pondera que causa estranheza um sistema exclusivo para embalagens plásticas, uma vez que o Brasil adota o modelo de separar os resíduos em dois (Arte: TUTU)

No início de novembro, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) participou de uma consulta pública do Ministério do Meio Ambiente (MMA) a respeito de uma minuta de decreto que visa a instituir o sistema de Logística Reversa (LR) de embalagens de plástico. Após análise da minuta, levando em conta a necessidade das empresas, a Federação chegou à conclusão de que falta viabilidade técnica na norma, encaminhando diversas ponderações e solicitações ao ministério. 

Os Comitês Logística Reversa e ESG do Conselho de Sustentabilidade da Entidade, após reuniões com o setor empresarial, ponderam ser essencial prorrogar o prazo da consulta, a fim de permitir uma maior participação da sociedade. Ainda, compreendem a importância do tema em razão do impacto ambiental resultante do descarte das embalagens de plástico pós-consumo, o que requer a adoção de medidas assertivas para a destinação final ambientalmente adequada.  

É sabido que a LR é um dos instrumentos para a destinação dos resíduos pós-consumo prevista pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). No entanto, considerando o grande volume resultante do descarte das embalagens de plástico pós-consumo, a minuta causa preocupação às empresas. Isso, porque o texto não foi precedido de estudo de viabilidade técnica ou econômica, uma medida importante para a eficácia e a plenitude de um sistema de LR.  

O Comitê Logística Reversa pondera que causa estranheza um sistema exclusivo para embalagens plásticas, uma vez que o Brasil adota o modelo de separar os resíduos em dois: recicláveis e indiferenciados, sendo que para os recicláveis, o município deve oferecer serviço municipal de coleta seletiva (conforme a PNRS), o qual engloba  as embalagens objeto da minuta proposta.

No sistema porta-a-porta ou de pontos no comércio, seria necessária a participação dos consumidores,  os quais teriam de ser educados para este fim, uma vez que a destinação das embalagens de plástico pós-consumo requer triagem e higienização prévia, além da disponibilização no dia da coleta seletiva municipal, ou o deslocamento até um ponto de entrega.  

Vale lembrar que o comércio não tem espaço para coletores individualizados para tantos materiais de embalagens. Ainda, um sistema de LR deve abarcar apenas a participação dos consumidores domésticos, pois as pessoas jurídicas devem ter a própria sistemática de destinação de resíduos, de acordo com seus respectivos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) – também previstos na PNRS –, de forma que não onere excessivamente o sistema.  

Além dos aspectos apontados, os órgãos de estudos da FecomercioSP entendem que a minuta de Decreto se mostra inviável dos pontos de vistas operacional e econômico, pois as embalagens, comercializadas por diversas fontes e com características múltiplas, são geradas em grandes proporções, resultando em um amplo volume a ser descartado nos pontos de entrega, resultando em uma demanda impossível de ser atendida pelos estabelecimentos comerciais.  

A Entidade ainda enfatiza a importância de o MMA dialogar com a iniciativa privada previamente à implementação de um sistema de LR, a fim de desenvolver, de forma conjunta, a melhor solução para a destinação ambientalmente adequada de produtos e embalagens pós-consumo.  

Neste sentido, vale destacar que a iniciativa privada está aberta ao diálogo. Com vistas à construção de uma solução adequada e eficaz, o comitê solicitou:  

- a prorrogação do prazo da consulta pública, a fim de que a sociedade participe mais desse diálogo; 

- o agendamento de uma reunião com o MMA, a fim de discutir o assunto. 

A FecomercioSP dispõe de uma plataforma exclusiva sobre sistemas de LR para diversos produtos. Para mais informações, acesse a página aqui.

No vídeo abaixo, Alexsandra Ricci, assessora jurídica da FecomercioSP, explica o assunto de modo simples e claro, analisando as propostas atuais de sistemas de Logística Reversa para embalagens de plástico e para cápsulas de café.

 

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