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Economia

Mesmo com o carnaval, turismo perde fôlego na capital paulista em fevereiro

Faturamento diário foi de R$ 41,4 milhões, similar ao registrado no mês anterior

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Mesmo com o carnaval, turismo perde fôlego na capital paulista em fevereiro
Evento na cidade de São Paulo, movimenta, basicamente, os moradores locais e da região (Arte: TUTU)

Mesmo com os desfiles das escolas de samba no Anhembi e os blocos de rua de carnaval, a atividade do turismo na capital paulista registrou queda de 2,7% em fevereiro, quando comparado a janeiro. O resultado foi impulsionado pela redução de passageiros nos terminais aéreos e rodoviários.

No entanto, na comparação anual, o avanço foi de 31,4% – mesmo que a base de comparação seja frágil, já que, no período, a variante ômicron da covid-19 foi responsável por uma onda de cancelamentos. Os dados são do Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT), apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com o Observatório de Turismo e Eventos, da SPTuris.

Em fevereiro, a taxa de ocupação dos hotéis ficou em 57,1% – acima dos 50,2% registrados no primeiro mês do ano –, mantendo-se próxima dos 55% observados no mesmo período do ano passado, quando não houve carnaval e a variante ômicron estava no seu pior momento. Assim, os dados do IMAT indicam que o evento, na cidade de São Paulo, movimenta, basicamente, os moradores locais e da região.

Outro dado apontado pelo IMAT foi a movimentação em aeroportos e rodoviárias, que apresentou médias diárias inferiores. Nos terminais rodoviários, a média de fevereiro foi de 37,9 mil passageiros, 10,2 mil pessoas a menos do que em janeiro (redução de 23,1%).

Nos terminais aéreos, a queda foi de 7,1%, na mesma base de comparação, com média diária de 157,1 mil passageiros. É natural também que, além da ponderação por dias de cada mês, haja a redução, em comparação à alta temporada de janeiro.

Atividade menor do turismo, mas faturamento estável

Por outro lado, o faturamento do setor de turismo, que envolve atividades como hotéis, agências de turismo, organização de festas e eventos, recreação, entre outros, registrou o valor de R$ 41,4 milhões de média diária. A quantia é similar ao visto em janeiro, com ligeiro recuo de 0,3%. Na comparação anual, o valor mais que dobrou (135%).

De acordo com a Federação, a inflação mais elevada também contribui para o aumento do faturamento. A despeito da taxa de ocupação dos hotéis ter ficado em um nível similar ao de 2022, por exemplo, a tarifa média cresceu 45%, em termos reais. Em fevereiro, 413,6 mil pessoas trabalharam, direta ou indiretamente, no setor de turismo da cidade. O número é 0,3% menor em comparação a janeiro e 4% maior do que em 2022.

Para o Conselho de Turismo da FecomercioSP, de forma geral, os dados do segundo mês do ano são positivos, uma vez que mostra forte recuperação do setor em relação ao mesmo período do ano passado (ainda que seja uma base de comparação frágil). O carnaval, ainda que não seja um evento que aqueça o turismo em São Paulo, contribui para a economia. Setores de supermercados, vestuários, acessórios, bares e restaurantes, por exemplo, se beneficiam dos gastos de milhões de foliões.

Para março, a expectativa é que o índice consiga avançar de forma significativa, pois, após as festividades, a cidade volta a receber o turismo de negócios, por meio de um calendário aquecido com todos os portes de eventos. Além disso, o festival Lollapalooza e a sequência de shows da banda Coldplay movimentaram a cadeia turística paulistana.

Acompanhe as diferentes pesquisas e análises setoriais realizadas pela FecomercioSP e tenha mais conhecimento do mercado.

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