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Imprensa

Número de famílias paulistanas endividadas cresce em abril, aponta FecomercioSP

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São Paulo, 15 de maio de 2015 - Mesmo cautelosas e com maior controle das despesas - em razão da piora do mercado de trabalho e da alta dos preços -, as famílias paulistanas, com dificuldade de fechar o orçamento, estão mais endividadas. É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em que a proporção de famílias que se diziam endividadas passou de 42,3% em março para 48,9% em abril. O valor, entretanto, ainda é menor do que o observado em abril do ano passado (51,1%).

Para a assessoria econômica da Federação, embora a proporção de endividados seja inferior à registrada no mesmo período de 2014, a tendência é que o endividamento continue em elevação neste primeiro semestre em decorrência da expectativa de alta do desemprego somada ao aumento dos preços de itens essenciais, o que obriga as famílias a recorrer a empréstimos.

O endividamento é maior entre as famílias de renda mais baixa, que ganham até dez salários mínimos. Nessa faixa, o porcentual foi de 50,8% em abril, ante 43,8% em março e 55,9% em abril de 2014. Já entre os que recebem acima desse valor, o endividamento passou de 38,2% em março para 43,5% em abril - em abril de 2014, o valor era de 37,3%. As famílias de renda mais baixa também são as com maior ocorrência de contas em atraso: 15,3% (alta de 2,5 pontos porcentuais em relação a março), contra 6,9% entre as que ganham acima de dez salários mínimos (alta de 1,5 p.p. no mesmo período). 

Segundo a Entidade, os resultados segmentados por renda parecem confirmar que a aceleração da inflação é uma das principais causas da alta do endividamento - uma vez que o aumento de preços de bens essenciais prejudica especialmente as famílias de menor renda.

Do total das famílias endividadas, 50,3% têm entre 11% e 50% de sua renda comprometida com pagamento de dívidas. Por outro lado, 23,7% informaram que o comprometimento é menor que 10%, enquanto para 22,2% dos entrevistados as dívidas superam os 50% da renda total.

O cartão de crédito continua o vilão do endividamento das famílias paulistanas em abril (65,3% contra 59,3% em março e 66,2% em abril de 2014), seguido por financiamento de carro (19,2%), carnês (17,8%) e financiamento de casa (13,8%). Quanto ao prazo de comprometimento, 41,2% possuem dívidas por mais de um ano e 18,7% possuem dívidas de até três meses. Questionadas se terão condições de quitar ou pagar parcialmente as dívidas no próximo mês, 4,4% disseram que não, ante 3,7% em março e 5% em abril de 2014.

Metodologia
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. A partir de 2010, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) comprou a pesquisa da FecomercioSP, que passou a analisar os dados nacionalmente. A Federação continua divulgando os dados de São Paulo, alinhados com a data de divulgação da PEIC nacional pela CNC. Na capital são entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores.

O objetivo da PEIC é diagnosticar o nível de endividamento e de inadimplência do consumidor. A partir das informações coletadas, são apurados importantes indicadores: nível de endividamento, porcentual de inadimplentes, intenção de pagamento de dívidas em atraso e nível de comprometimento da renda. Tais indicadores são observados considerando duas faixas de renda.

A pesquisa permite o acompanhamento do nível de comprometimento do comprador com as dívidas e sua percepção em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos.

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