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Imprensa

Ocupação formal do varejo na região de Campinas recua 3,5% em um ano com o fechamento de 7.431 postos de trabalho

Segundo a FecomercioSP, resultado negativo foi influenciado pelos setores de concessionárias de veículos (-8,1%) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-9,1%)

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São Paulo, 23 de fevereiro de 2016Em dezembro, o comércio varejista da região de Campinas fechou 1.688 postos de trabalho, resultado de 6.916 admissões contra 8.604 desligamentos. De janeiro a dezembro foram eliminados 7.431 empregos com carteira assinada, o que representa um recuo de 3,5% do estoque total, que atingiu 202.658 trabalhadores formais.

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Das nove atividades analisadas, oito apontaram retração no estoque de empregados em 2015, das quais as mais expressivas foram vistas em concessionárias de veículos (-8,1%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-9,1%). Por outro lado, apenas o segmento de farmácias e perfumarias (1,5%) apresentou variação positiva no período.

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Desempenho estadual

O comércio varejista no Estado de São Paulo encerrou 2015 com 60.441 postos de trabalho a menos, resultado de 1.012.329 admissões contra 1.072.770 desligamentos. Foi o primeiro saldo anual negativo desde o início da série histórica, em 2007, o que significa, na comparação com 2014, recuo de 2,8% no estoque de trabalhadores do setor, que atingiu 2,13 milhões – voltando a níveis de agosto de 2013.

Apenas em dezembro, foram eliminadas 12.181 vagas formais, em razão das 71.907 admissões contra 84.088 desligamentos. No mês, a ocupação formal registrou queda de 0,6% na comparação com o novembro de 2015. Ao observar o saldo positivo de 13.682 novas vagas de novembro, pode-se concluir que praticamente não houve efetivação dos temporários contratados para o período natalino.

Entre as nove atividades pesquisadas em dezembro, sete apresentaram diminuição no estoque de empregos na comparação com o mesmo mês de 2014. Os setores de concessionárias de veículos (-8,2%) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-7,1%) foram os que apontaram queda mais acentuada. No sentido contrário, os únicos setores que não registraram redução de vagas foram os de farmácias e perfumarias (2,3%) e de supermercados (0,9%).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o saldo negativo do emprego no comércio varejista paulista obtido em 2015 foi resultado direto da queda do faturamento no setor.  A inflação alta, a restrição de crédito, o avanço do desemprego e as incertezas em relação aos rumos da economia resultaram em uma queda brusca do consumo das famílias.

Observando os dados por ocupações, as funções que mais perderam vagas foram as de vendedores e demonstradores, com -12.765 postos de trabalho. O segundo posto com maior redução de vagas foi a área administrativa das empresas. São -6.979 vagas para os escriturários, assistentes e auxiliares administrativos. Adicionalmente, chama atenção o fato que 30% das vagas fechadas pelo comércio varejista paulista eram preenchidas por diretores, gerentes e supervisores de empresas e áreas internas. Tal realidade demonstra que a redução do quadro funcional atingiu todos os níveis da empresa, inclusive aos funcionários com atuação institucional de liderança e com rendimento médio mais elevado.

A Entidade reforça que, diante das sucessivas quedas no faturamento, os estabelecimentos comerciais tiveram de reduzir seus custos e, consequentemente, realizar cortes no quadro de funcionários. A Federação prevê que 2016 será mais um ano difícil para o mercado de trabalho, e a expectativa é que o aumento do desemprego permaneça ao longo do ano.

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; matérias de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercado e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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