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Economia

Parcela de famílias paulistanas endividadas permanece em alta e atinge 54,5% em outubro, aponta FecomercioSP

Segundo pesquisa da Entidade, proporção de famílias com contas em atraso recuou 1,3 ponto porcentual, atingindo 19,6%

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Parcela de famílias paulistanas endividadas permanece em alta e atinge 54,5% em outubro, aponta FecomercioSP

Na avaliação por renda, o endividamento continua sendo maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, proporcionalmente às famílias de renda mais alta
(Arte: TUTU)

O porcentual de famílias paulistanas endividadas cresceu pelo quarto mês consecutivo. Em outubro, 54,5% das famílias declararam ter algum tipo de dívida, leve alta de 0,1 ponto porcentual (p.p.) na comparação com o mês anterior, e o maior patamar desde setembro de 2015. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando a proporção era de 51,9%, houve um aumento de 2,6 pontos porcentuais, representando um aumento de 116 mil no número de famílias nessa situação, ao passar de 1,997 milhão para 2,113 milhões.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Na avaliação por renda, o endividamento continua sendo maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, proporcionalmente às famílias de renda mais alta. Para o primeiro grupo, o porcentual de endividados em outubro foi de 57,6%, queda de 0,7 p.p. em relação ao mês anterior. Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o porcentual de endividados foi de 45,3% em outubro, alta de 2,2 p.p. em relação a setembro (43,1%).

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Inadimplência
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o porcentual de famílias com contas em atraso recuou em outubro. A proporção de famílias inadimplentes chegou a 19,6%, queda de 0,7 p.p. em relação ao mês anterior, porém, teve alta de 0,8 p.p. em relação a outubro do ano passado, quando registrava 18,8%.

O único indicador que caiu tanto na comparação anual quanto mensal foi o de famílias que afiram não ter condições de pagar a dívida, o que é muito positivo, segundo a FecomercioSP. A proporção de famílias que não terão condições de pagar as contas em atraso no próximo mês atingiu 7,6% em outubro, queda de 1,9 p.p. em relação a setembro e -0,2 p.p na comparação com outubro de 2016.

O aumento do endividamento apontado pela pesquisa indica um quadro de retomada de consumo via crédito. Isso fica mais evidente quando se analisa a média dos quatro meses deste segundo semestre quando comparado ao mesmo período de 2016. O endividamento médio sobe de 51,1% para 53,2%, enquanto a inadimplência cresce de 19% para 19,4%. Ou seja, há claramente uma alta mais acentuada de famílias contraindo dívidas e, ao mesmo tempo, conseguindo manter equilibrado o nível de inadimplência.

Entre as famílias com rendimentos de até dez salários mínimos, a proporção de contas em atraso registrou queda de 0,6 p.p. na comparação mensal, atingindo 24,4% em outubro. No caso das famílias com renda acima de dez salários mínimos, o porcentual caiu 1,2 ponto porcentual, passando de 9,3% para 8,1% para o mesmo período.

Tipos de dívida
O cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida, atingindo 74,4% das famílias endividadas. Em seguida estão carnês (13,9%); financiamento de casa e financiamento de carro, ambos com 11,2%; crédito pessoal (9,2%); cheque especial (5,8%); e crédito consignado (3,9%).

De acordo com a FecomercioSP, o resultado da pesquisa em outubro mostra que cada vez mais o consumidor paulistano se mostra menos cauteloso em relação ao comprometimento de sua renda futura. Mais segurança no emprego, baixa inflação e juros em queda são os principais motivadores desse comportamento. A Entidade ressalta ainda que, nos próximos meses, haverá um momento especial para um grupo de consumidores, que com a retirada de recursos de PIS/Pasep realizarão pagamentos de dívida ou, mesmo, irão aumentar o consumo. O momento é bem-visto pelo empresário do comércio, pois se observa um conjunto de variáveis positivas na véspera do melhor momento para o varejo, o Natal.

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