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Imprensa

Paulistanos reduzem desejo de compras em janeiro

Índice da FecomercioSP que apura o interesse de consumo das famílias da capital paulista teve retração nos comparativos com dezembro e janeiro de 2013

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São Paulo, 29 de janeiro de 2014 - Os moradores da cidade de São Paulo demonstraram neste mês maior desânimo para compra de produtos e contratação de serviços. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP), atingiu 124,8 pontos em janeiro, queda de 8,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com dezembro, o recuo foi de 0,4%.
 
O índice sofreu grande influência da retração do item Momento para duráveis, que na comparação com janeiro de 2013 despencou 32%. Já sobre dezembro, a variação foi de -15,2%. Números esses que revelam uma cautela por parte das famílias paulistanas para a aquisição de bens duráveis. De acordo com a entidade, o mau momento, na perspectiva dos consumidores, foi provocado pela recente escalada inflacionária, pelo encarecimento do crédito e pela elevação de alíquotas do IPI para determinados produtos. Também teve impacto negativo a desvalorização do real frente ao dólar.
 
Diante de um cenário mais desfavorável, os paulistanos estão encontrando mais dificuldades na obtenção de empréstimos no mercado. O item Acesso ao crédito, por exemplo, mesmo após recuperação deste mês sobre dezembro - com aumento de 3,3% -, ficou 15,7% menor do que o registrado em janeiro de 2013.
 
Além de Acesso ao crédito, outros três itens do índice apresentaram movimentos opostos nos comparativos mensal (elevação) e anual (redução). Perspectiva profissional aumentou 1,9% entre dezembro e janeiro, mas caiu 7% neste mês em relação a janeiro de 2013. Renda atual subiu 3,1% do mês passado para o atual, porém, recuou 3,4% na comparação de agora com um ano atrás. Nível de consumo atual completa a lista, com ampliação de dezembro para janeiro (2,7%), mas encolhimento de número quando feita a análise no período de um ano (-5,1%).
 
Também relacionada ao cenário econômico conturbado e às contratações temporárias de fim de ano, a preocupação com a permanência no trabalho cresceu entre os paulistanos. O item Emprego atual variou negativamente nas comparações mensal (-2,6%) e anual (-2,3%).
 
Entretanto, para o comércio existe a esperança de que os paulistanos voltem a expandir os gastos nos próximos meses. Isso porque o item Perspectiva de consumo, entre os sete presentes no indicador, foi o único a apresentar alta em janeiro, tanto frente a dezembro (2,1%), quanto na relação com o mesmo mês do ano passado (8,4%).
 
Menor entre quem ganha mais
Pelo oitavo mês consecutivo, as famílias com renda a partir de dez salários mínimos se mostraram mais insatisfeitas do que as que ganham menos que esse valor. Enquanto que para o primeiro grupo o indicador em janeiro foi de 119,2 pontos, para o segundo chegou a 126,7 pontos. Uma diferença de 7,5 pontos porcentuais.
 
Nota Metodológica
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde agosto de 2009, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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