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Economia

Potencial do mercado de crédito será mais explorado após as eleições

Desemprego elevado e incertezas em relação à economia do País prejudicam expansão do crédito

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Potencial do mercado de crédito será mais explorado após as eleições

Boa notícia para o mercado de crédito é que 35,1% dos paulistanos endividados declararam ter reserva financeira em setembro
(Arte: TUTU)

O atual cenário de lenta recuperação econômica, desemprego ainda elevado e de incertezas em torno do cenário eleitoral fez com que os bancos adotassem uma postura mais cautelosa na concessão de empréstimos e também trouxe certa volatilidade para a Bolsa de Valores. Entretanto, algumas pesquisas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) têm mostrado sinais de melhoria no mau humor que se abateu sobre os empresários e consumidores no segundo trimestre, principalmente por conta da greve dos caminhoneiros.

Segundo a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), o Índice de Intenção de Financiamento cresceu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 43,8 pontos, alta de 1,2% em relação a agosto. Isso significa que a parcela de paulistanos que declararam ter a intenção de comprar um produto com pagamento parcelado ou financiado nos próximos três meses foi de 21,3%.

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A intenção de financiamento tem correlação direta com a expectativa profissional, e quem está desempregado ou tem medo de ficar sem ocupação não tem propensão elevada a se endividar. Como o desemprego caiu um pouco e há postos de trabalho sendo gerados recentemente, a tendência é de que também consumidores e bancos busquem reatar contatos e contratos de financiamento.

Outra boa notícia para o mercado de crédito é que 35,1% dos paulistanos endividados declararam ter reserva financeira em setembro, ou seja, diante de um imprevisto no orçamento familiar, eles teriam condições de pagar, pelo menos, parte das dívidas. É o maior patamar desde abril de 2015. Com isso, o índice de segurança de crédito dos endividados avançou 12,6% ao passar de 62,3 pontos em agosto para 70,1 pontos em setembro.

O Índice Geral interrompeu uma série de três quedas seguidas ao avançar 2,1% em setembro alcançando 79,2 pontos. O resultado só não foi melhor porque a segurança de crédito dos não endividados caiu 5,1% no mesmo período.

Aplicações
A parcela de aplicadores na poupança permaneceu em baixos patamares históricos, mas essa modalidade segue como a preferida dos paulistanos. Em setembro, 59,1% escolheram essa opção de investimento, alta de 1,7 ponto percentual em relação ao mês anterior e recuo de 4,7 p.p. na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com a PRIE, a preferência pela renda fixa voltou a subir após dois recuos consecutivos. A alta de 1,6 p.p. fez o indicador atingir os 22,2% em setembro. A parcela de aplicadores em renda variável (ações da Bolsa de Valores) recuou 1,2 p.p. em setembro e marcou 4,3% em setembro.

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