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Negócios

Promovendo a acessibilidade no turismo

Gestores e funcionários do trade turístico devem saber como agir para melhor receber esse segmento

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Promovendo a acessibilidade no turismo

Recentemente, o Ministério do Turismo em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE), lançou a campanha “Turismo acessível: um Brasil onde todos podem viajar” com o objetivo de mostrar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nas atividades relacionadas ao turismo. Pretende-se através desta campanha informar gestores e funcionários do trade turístico para que saibam como agir e melhor receber esse segmento. O movimento de sensibilização será realizado através de rádios, jornais, redes sociais e internet.  

“A campanha é de extrema importância, uma vez que se trata de um direito garantido às pessoas com necessidades especiais em ter acesso a equipamentos e locais que lhe ofereçam a adequada mobilidade. Além disso, a campanha vai ao encontro de alguns princípios que permeiam a nossa Constituição Federal e algumas legislações específicas”, observa Kelly Carvalho, assessora do Conselho de Turismo e Negócios da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Ela cita como exemplos a defesa e a garantia de condições de vida com dignidade, a plena participação e inclusão na sociedade, e a igualdade de oportunidades a todas as pessoas com deficiência. 

Destaca-se que cada vez mais os deficientes ou pessoas com mobilidade reduzida vêm ganhando o seu espaço. Após anos de discussões, alguns direitos básicos foram conquistados, como o acesso à educação e ao sistema de saúde. E, desde 2004, o Decreto Lei nº 5296/2004, denominado Lei da Acessibilidade, estabelece algumas medidas que devem ser cumpridas pelas empresas, caso contrário estarão sujeitas a sanções administrativas, cíveis e até penais. “Como exemplo da aplicabilidade da legislação tem-se que, para a concessão do alvará de funcionamento, é preciso estar de acordo com os requisitos previstos no decreto lei nº 5.296/2004 e com as normas técnicas de acessibilidade da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”, aponta Kelly. 

No caso de São Paulo vale destacar que a cidade é reconhecida pelo seu turismo de negócios, recebendo pessoas de todos os lugares do mundo, inclusive, aquelas que possuem algum tipo de necessidade especial e que é atuante no mercado de trabalho. “É evidente que esse tipo de turismo acaba por impactar positivamente em compras, consumo e entretenimento. Tem-se, assim, o turismo gerado por um visitante que vem a negócios, e que, posteriormente, vai comprar, se hospedar e se alimentar”, complementa a assessora do Conselho de Turismo e Negócios da FecomercioSP. 

Esta tendência pode ser estendida também às pessoas com deficiência. Uma pesquisa realizada no ano passado pelo Ministério do Turismo, com o objetivo de mapear o perfil dos turistas com deficiência, indica que, do ponto de vista das atividades profissionais, a maioria das pessoas com deficiência física têm uma vida bastante ativa. A análise do grupo mais ativo mostra que muitos estão realizando cursos de nível superior, como Ciências Contábeis, Sociais e da Computação, Marketing, História, Jornalismo Turismo e Direito. Existem também alguns casos (mais eventuais) em que eles já estão no processo de pós-graduação. 

Assim, viagens a trabalho estão, segundo a pesquisa, entre as principais motivações para viajar – ao lado de visitar parentes e familiares, estar com amigos que moram em outras cidades, conhecer novos lugares, novas culturas, ver novas paisagens e conhecer um lugar “famoso” ou inusitado, entre outros.  “A importância que é dada às viagens, indica que, além de todos os fatores motivacionais já citados, existe também um sentimento de superação, liberdade e autonomia que o ato de viajar suscita nas pessoas com deficiência ouvidas”, aponta a pesquisa do Ministério do Turismo. 




 

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