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Negócios

Redes de “atacarejo” registram crescimento de até 25% nas vendas

Preços reduzidos do segmento têm atraído cada vez mais consumidores

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Redes de “atacarejo” registram crescimento de até 25% nas vendas

Consumidores buscam economia e movimentam comércio em redes atacadistas
(Arte TUTU)

Por Deisy de Assis

A compra no atacado de autosserviço – ramo conhecido entre os especialistas pela expressão inglesa cash and carry e popularmente chamada de “atacarejo” – foi a medida adotada pelas famílias em busca de economia nas despesas com alimentação e higiene. O crescimento nesse perfil de vendas varia de 5% a 10% nas redes atacadistas, segundo o Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios no Estado de São Paulo (Sagasp), filiado à FecomercioSP.

Na rede Assaí Atacadista, a alta chegou a 25,5%. Esse aumento foi observado na comparação com a movimentação registrada em 2014. “Notamos uma mudança no hábito do consumidor, e o segmento de atacado de autosserviço vem se consolidando como uma alternativa econômica no abastecimento das famílias”, diz o presidente do Assaí Atacadista, Belmiro Gomes.

A vendedora Eliete Almeida Santos Silva está entre os brasileiros que viram no atacarejo uma oportunidade de manter a despensa equilibrada em meio à crise financeira. Ela passou a se juntar a familiares para fazer compras no atacado no ano passado e vem conseguindo bons resultados.

“Dessa forma, consigo poupar aproximadamente R$ 350 na compra mensal”, conta  Eliete, que mora com o marido e dois filhos pequenos. Entre os itens adquiridos, ela cita laticínios, carnes, alimentos não perecíveis e verduras.

Perspectivas

No Assaí, a previsão é de que a alta se mantenha na casa dos dois dígitos, segundo o presidente da rede.

Para o diretor do Sagasp, João Ferraro, no cenário geral do segmento atacadista, o atacarejo deve permanecer na média observada pela entidade em 2015, entre 5% e 10%. A estimativa do sindicato é compatível com o crescimento de 7,5% observado pela Nielsen, entidade que estuda o comportamento dos consumidores em mais de cem países.

“O atacarejo vem ganhado corpo há muito tempo, mas com a situação econômica, ficou mais expressivo. Embora seja positivo, ainda há receio no setor por causa do aumento das oscilações do dólar, que interfere no mercado”, diz Ferraro.

Estratégia

Para manter o crescimento, o presidente do Assaí Atacadista menciona medidas para atrair o cliente. A aposta é na melhora do atendimento, na expansão da área de estocagem nas lojas e no aumento de aproximadamente 30% da variedade de produtos. “Fizemos mudanças nas lojas para que fiquem mais confortáveis para atender aos diversos perfis de compras”, diz Gomes.

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