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Negócios

Semana de pré-Carnaval promete esquentar venda de itens para a folia

Comerciantes devem caprichar na exposição de mercadorias como serpentina e confete, além das que personalizam as fantasias

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Semana de pré-Carnaval promete esquentar venda de itens para a folia

Em época de crise econômica, vale também facilitar o pagamento para o consumidor 
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

É nesta semana, a última que antecede o Carnaval, o momento ideal para os comerciantes emplacarem as vendas de produtos típicos como serpentina, confete, spray de espuma, buzinas, lantejoulas e glitter. 

“É um produto muito sazonal e o momento de vendê-lo é agora. Observamos que o público que compra desse lojista é o que vai festejar em salões, ou alguns que vão assistir ao desfile das escolas de samba ou participar de blocos de rua”, diz a assessora econômica da FecomercioSP, Fernanda Della Rosa.

Apenas na cidade de São Paulo, cerca de 400 blocos devem desfilar até 14 de fevereiro – número 30% maior do que em 2015.

De acordo com Fernanda, a estratégia mais adequada para a venda desses itens inclui boa exposição dos produtos, preço camarada e sinalização sobre a curta duração. “O comerciante deve deixar bem visível, com um chamariz de promoção, algo como ‘compre agora antes que acabe’, para o cliente sentir que leva o produto com alguma vantagem.”

Apesar de serem itens mais baratos, a assessora aponta que, em época de crise, vale a pena facilitar o pagamento para quem decide comprar antes de ir para a folia. Afinal, existe a concorrência dos ambulantes que vendem o produto na hora, no meio da festa.

A tática da boa exposição dos produtos para o Carnaval foi adotada pelas lojas Armarinhos Fernando. A rede dedicou uma área para o segmento bem na entrada dos estabelecimentos, conforme conta o gerente-geral Ondamar Ferreira.

Tradicionalmente, todos os anos, a empresa dedica um bom espaço para os itens da folia. Neste ano, contudo, a variedade do que é oferecido e o espaço foram reduzidos – estão sendo vendidos apenas confete e serpentina. “Decidimos dar mais espaço para itens de material escolar, que estão com boa saída”, diz Ferreira.

Apesar da redução das prateleiras dedicadas à maior festa popular do País, a rede espera que as vendas sejam boas, principalmente nas unidades localizadas na Rua 25 de Março, tradicional ponto do comércio popular paulistano. Ferreira destaca que, em 2015, 4% do total das vendas, realizadas entre 2 de janeiro e 16 de fevereiro, correspondiam a itens específicos de Carnaval.

Customização

Outros produtos carnavalescos, como lantejoula, glitter e strass também atraem muitos clientes. “Temos um setor específico o ano todo, mas, nessa época, as vendas dessas mercadorias melhoram porque muitos consumidores usam para customizar e se enfeitarem”, diz o gerente-geral.

Em São Paulo, muitos foliões aderiram à ideia de criar a própria fantasia em vez de comprar as peças prontas. É o caso da social media Marcella Nunes, que todo ano abusa do glitter para complementar o visual para curtir a folia – feita com leggings e maiôs que já tem no guarda-roupa. “Aqui, em São Paulo, a cultura é mais de incorporar itens à própria roupa, e o Carnaval de rua ajuda a disseminar essa ideia”, diz ela, que costuma adquirir seus apetrechos na região da Rua 25 de Março. Esse ano, contudo, pela falta de tempo, ela pretende comprar nos estabelecimentos próximos à sua casa, na região da Consolação. Sua previsão de gasto alcança R$ 40 – incluindo glitter e um acessório para os cabelos.

Outra foliã que opta por customizar a roupa que já tem é a publicitária Maria Isabel Mascaro. Neste ano, ela gastou cerca de R$ 50 com purpurina, confete, flor para o cabelo, peruca, tecido com lantejoula e cílios postiços. “Eu amo Carnaval, tanto que tenho adereços para o ano todo. Mas está um tanto caro, como pode purpurina a R$ 8?”, questiona ela, que está desempregada. Além de não gastar muito, a intenção de Maria Isabel é, se possível, reutilizar as peças em outras festas ao longo do ano.

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