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Economia

Setor do Turismo registra faturamento recorde em abril e mantém trajetória de crescimento

Avanço de 10,4% na comparação anual reflete aquecimento da demanda, maior renda das famílias e impacto dos feriados prolongados

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Setor do Turismo registra faturamento recorde em abril e mantém trajetória de crescimento
O montante de R$ 17,5 bilhões é o maior valor da série histórica iniciada em 2012 para o mês de abril (Imagem: TUTU)

O Turismo nacional encerrou abril com faturamento recorde de R$ 17,5 bilhões, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados do IBGE. O resultado representa um avanço de 10,4% na comparação com o mesmo período de 2024 e estabelece o maior valor da série histórica iniciada em 2012 para o mês de abril.

No acumulado dos últimos 12 meses, o faturamento alcançou outro recorde: R$ 73,2 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 5,2% no período e um aumento de R$ 4,7 bilhões para o setor.

O desempenho expressivo foi impulsionado, sobretudo, pelo transporte aéreo, que cresceu 14,7% no mês, somando R$ 4,5 bilhões em faturamento — o maior patamar histórico para abril. O segmento respondeu por 26% do total do Turismo nacional, sustentado por uma combinação de demanda aquecida e tarifas estáveis, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O volume de passageiros transportados cresceu cerca de 10%, acompanhando o recorde também no indicador passageiro por quilômetro transportado.

A análise da FecomercioSP indica que o ambiente econômico favorável — com taxa de desemprego no menor nível da série histórica, aumento da renda e manutenção do crédito — tem sustentado o crescimento do setor. Além disso, a sequência de feriados prolongados do mês, Sexta-feira da Paixão e Tiradentes, seguidos pelo de 1º de Maio, que também caiu em uma quinta-feira, favoreceu o aumento das viagens, especialmente na categoria lazer.

O maior crescimento porcentual no mês foi observado no segmento de alojamento, que avançou 23,7%, totalizando R$ 2,1 bilhões em faturamento. Esse desempenho está associado ao aumento das diárias, que, segundo o IBGE, subiram quase 12% em um ano. Dados do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) apontam alta real de 15,7% na diária média, com estabilidade na taxa de ocupação.

Os serviços de alimentação também registraram aumento, o que equivale a um crescimento de 13% e movimentação de R$ 2,68 bilhões no mês. A inflação da alimentação fora do domicílio, que acumula 7,61% em 12 meses e está acima do índice geral, reflete alta dos custos operacionais do setor.

Outros segmentos, como agências de viagens, operadores turísticos e serviços correlatos, cresceram 8,3%, enquanto a locação de veículos e outros meios de transporte avançou 8,1%, também pressionada pela elevação dos preços, que foi de 11,12%, de acordo com o IBGE.

Apesar do cenário macroeconômico mais desafiador, com juros elevados e inflação pressionando, os dados demonstram a resiliência do setor no Brasil. O bom resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, com alta de 1,4%, e o ambiente de mercado de trabalho aquecido favorecem tanto o turismo de lazer quanto o corporativo, que seguem em expansão.

Panorama regional: crescimento disseminado pelo País
 
O levantamento da FecomercioSP mostra que 20 dos 27 Estados apresentaram crescimento no faturamento do Turismo em abril; apenas um se manteve estável, enquanto seis registraram retração. Entre os que sofreram queda, Rondônia com menos 9,3%, Mato Grosso com menos 9,2%, e Roraima com menos 3,2% foram os que apresentaram os piores números no período.

O destaque positivo foi o Tocantins, com crescimento de 33,4%, resultado influenciado por uma base de comparação mais baixa, uma vez que o estado havia registrado queda de 10,1% no mesmo mês do ano anterior. Bahia com 17,7%, Rio de Janeiro com 16,5% e Ceará com 15,7% também se destacaram, impulsionados pelo fluxo turístico nos feriados prolongados.

O Estado de São Paulo, responsável por cerca de um terço do faturamento do Turismo nacional, cresceu 11,7%, reforçando a relevância do setor na economia paulista. No Sul, o Rio Grande do Sul voltou a apresentar desempenho positivo, com alta de 8,2% após 12 meses de retração, efeito das enchentes cujo impacto se deu a partir de abril do ano anterior. A expectativa é de recuperação mais intensa nos próximos meses.

O comportamento do setor indica um crescimento não concentrado, ou seja, distribuído por diferentes regiões, destacando a importância do Turismo como vetor relevante para a economia nacional.

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