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Economia

Turismo nacional avança, com alta de 47,5%, mas está longe de recuperar as perdas

Para a FecomercioSP, iniciativas como a redução das restrições, a ampliação das ofertas dos serviços turísticos e a aceleração da vacinação em todo o País são fundamentais para a melhora gradativa do setor

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Turismo nacional avança, com alta de 47,5%, mas está longe de recuperar as perdas

Transporte aéreo continua sendo a maior perda em relação a 2019, de 50,5%, metade do que se faturava há dois anos (R$ 4,2 bilhões)
(Arte: TUTU)

Em maio, o faturamento do turismo no Brasil foi de 9,6 bilhões de reais, alta de 47,5% em relação a igual período de 2020, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Porém, é importante ressaltar que essa comparação é feita com uma base bastante fragilizada, ou seja, com o auge da pandemia, que foram os meses de março, abril e maio do ano passado. Já no acumulado do ano, o turismo nacional apresenta redução de 9,8%, uma queda de faturamento de 5,1 bilhões de reais.

Ao compararmos maio deste ano com o de 2019, antes da pandemia, o cenário é bastante desafiador. A queda no faturamento, já descontada a inflação no período, é de 31,2%, redução de 4,3 bilhões de reais. Em maio, o transporte aquaviário foi o único, dentre os seis grupos de atividades analisados pela FecomercioSP, que conseguiu superar o patamar pré-pandemia, com alta no faturamento de 20% em relação ao mesmo mês de 2019. Entretanto, como sua participação na pesquisa é relativamente baixa, representando menos de 1%, o seu impacto no desempenho geral foi nulo.

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O transporte aéreo continua sendo a maior perda em relação a 2019, de 50,5%, metade do que se faturava há dois anos (R$ 4,2 bilhões). Uma variação similar a da redução da demanda de passageiros, para esse mesmo período, de 43%. Todavia, as companhias aéreas têm retomado a malha aérea gradativamente e algumas dizem que podem voltar a 90% até o fim do ano. Expectativa importante para os setores de restaurantes e alojamentos, que podem planejar um futuro mais favorável. Em maio, esse grupo faturou 2,8 bilhões de reais, 33,5% abaixo do valor de maio de 2019. Variação muito próxima do grupo atividades culturais, recreativas e esportivas, de -33,8%, também afetado pelo isolamento social.

O conjunto de atividades de locação de veículos, agências e operadoras de turismo, entre outros serviços de turismo, registrou queda de 13,2% em maio em relação a 2019. Apesar da baixa, o mercado de aluguel de veículos tem crescido e as empresas estão mais animadas, até por conta de remodelações nas modalidades de locação, como a de longo prazo. Já as agências e as operadoras estão otimistas para uma recuperação no fim do ano, mas ainda ficam na expectativa sobre possíveis anúncios de fechamento e restrições de circulação. Por fim, o setor de transporte terrestre, que teve queda, em maio, de 6,6%.

A vacinação e os impactos ao turismo

Vale ressaltar que a vacinação ainda é a principal variável para os turistas voltarem a viajar com segurança e para os empresários se planejarem de forma mais sólida. Na última reunião do Conselho de Turismo da FecomercioSP, o Portal Viagem na Viagem apresentou uma pesquisa em que 92% dos entrevistados acreditam que é importante tomar a segunda dose da vacina antes de voltar a viajar.

Ainda que o cenário seja desafiador, com um longo percurso até retomar os patamares pré-pandemia, a Federação acredita que iniciativas como a redução das restrições, a ampliação das ofertas dos serviços turísticos e a aceleração da vacinação em todo o País são fundamentais para uma melhora gradativa e mais consistente do setor daqui em diante. É necessário previsibilidade para que os empresários de turismo recuperem a confiança, não há outra forma.

Para Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, os dados reforçam as análises prévias que indicavam relação direta entre a ampliação da vacinação e o aquecimento dos negócios em turismo. "Nossa recomendação aos empresários ainda é a de equilibrar otimismo e cautela, entendendo que há uma grande demanda esperando somente a segunda dose para colocar em prática os planos de viagem, porém muito sensíveis às informações ligadas à segurança nos equipamentos e nos destinos", reforça.

Saiba sobre as ações do Conselho de Turismo.

 
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