Economia
11/10/2016Varejo deve contratar mais temporários no final de 2016 do que no ano passado
Retomada de confiança e expectativa de melhora nas vendas são os principais motivadores

Contratações temporárias costumam começar em outubro e ganham força em novembro, aponta assessoria técnica da FecomercioSP
(Arte/TUTU)
O varejo paulista deve contratar mais trabalhadores temporários no final de 2016 do que no mesmo período de 2015. A expectativa é que sejam admitidos cerca de 20 mil funcionários, contra 15 mil contratados em 2015, prevê a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Essas admissões, que visam atender o movimento mais intenso de clientes decorrente das festas de final de ano, devem se concentrar principalmente no varejo de vestuário, tecidos e calçados (50%), supermercados (25%), lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, móveis e decoração e farmácias e perfumarias.
Essa tendência é resultado da franca recuperação dos índices de confiança de consumidores e empresários, e também do indicador de intenção de consumo das famílias (e consequentemente vendas do comércio varejista).
Segundo a assessoria técnica da Entidade, normalmente as contratações temporárias começam em outubro e ganham força em novembro, mês que historicamente registra a maior geração líquida de vagas formais (admissões menos desligamentos) no setor. Já a maior parte dos desligamentos ocorre em dezembro e janeiro, já que nem todos os empregados temporários são absorvidos pelas empresas.
Histórico
A previsão reverte o cenário que estava negativo desde o final de 2014 - o saldo acumulado entre outubro daquele ano e janeiro de 2015 foi negativo pela primeira vez na história (- 4.100 vagas). De acordo com a Federação, foi um reflexo do desaquecimento das vendas do comércio e das perspectivas negativas que já se desenhavam para 2015.
O cenário deteriorou-se significativamente no ano passado por causa da inflação elevada, do aumento dos juros, da instabilidade política e do rápido crescimento do desemprego. A queda das receitas somada ao aumento dos custos e à falta de perspectiva de recuperação das vendas levou os empresários do comércio a reduzirem despesas, o que, em muitos casos, significou a diminuição do quadro de funcionários.
Em 2016, mesmo com o resultado ruim do mercado de trabalho do varejo paulista no primeiro trimestre, observou-se que a partir de março houve amenização dos saldos negativos, até culminar com o primeiro desempenho positivo do ano em julho, com a criação de 401 vagas.
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