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Imprensa

Varejo na região de Araçatuba registra faturamento de R$ 828 milhões e cai 2,3% em dezembro, aponta FecomercioSP

De acordo com a Federação, com queda de 31,7%, setor de concessionárias de veículos foi determinante para o resultado negativo

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São Paulo, XX de março de 2016 – Em dezembro, as vendas do comércio varejista da região de Araçatuba atingiram R$ 828 milhões, queda de 2,3% em relação ao mesmo mês de 2014. Ao longo dos 12 meses de 2015, a retração foi de 7,3% na comparação com o mesmo período de 2014. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Das nove atividades pesquisadas, seis mostraram queda na comparação com igual mês de 2014, entre as quais as mais expressivas foram vistas nos segmentos de concessionárias de veículos (-31,7% e impacto negativo de 3,1 pontos porcentuais para o resultado geral), de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-26,6% e contribuição de -2,3 p.p.) e de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-23,3% e impacto negativo de 1,6 p.p.). 

Em contrapartida, três setores se destacaram e contribuíram positivamente para o faturamento do varejo em dezembro: supermercados (9,2% e colaboração de 3,1 p.p.), outras atividades (12,5% e contribuição de 3 p.p.) e farmácias e perfumarias (2,6% e contribuição de 0,2 p.p.).

 tabela_pccv_dezembro_2015_araatuba

 Desempenho estadual

O comércio varejista do Estado de São Paulo registrou faturamento real de R$ 56 bilhões – queda de 4,3% com relação ao mesmo mês de 2014, quando o setor faturou R$ 58,5 bilhões. Com isso, o varejo paulista encerrou o ano com faturamento total de R$ 550,2 bilhões – 6,3% inferior ao valor registrado em 2014 e o pior resultado anual desde o início da série, em 2009, sendo o segundo ano consecutivo com taxa negativa em seu movimento acumulado.

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas os comércios varejistas das regiões do Litoral paulista (7,1%) e de Marília (2,7%) demonstraram crescimento em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2014, enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. 

Sete das nove atividades analisadas apresentaram quedas em dezembro, com destaques para: concessionárias de veículos (-21,1%), materiais de construção (-14,5%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-8,9%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram, negativamente, com 5,5 pontos porcentuais para a queda do varejo total no Estado. Entretanto, os setores de farmácias e perfumarias (9,8%) e supermercados (7,4%) foram os únicos que apresentaram resultados positivos no ano, colaborando com 2,9 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, em 2015, o varejo paulista deu continuidade ao padrão de comportamento iniciado no ano anterior, com quedas sistemáticas nas vendas mensais, atingindo intensamente todos os setores que comercializam bens duráveis e semiduráveis, preservando apenas os segmentos voltados para bens essenciais – farmácias e perfumarias e supermercados. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, o resgate da confiança do consumidor e do empresário somente acontecerá quando as autoridades econômicas sinalizarem claramente à adoção de uma política de ajustes embasados em forte controle dos gastos públicos, visando o equilíbrio fiscal, ao lado de reformas no sistema tributário e previdenciário que possam garantir estruturalmente ganhos de produtividade para tornar a economia brasileira novamente competitiva. Enquanto isso não ocorre, a Entidade afirma ser improvável, que neste ano, o comércio no Estado consiga evitar nova queda de vendas, consolidando um processo que já pode ser qualificado como o mais grave de sua história. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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