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Imprensa

Varejo na região do ABCD fatura R$ 2,6 bilhões em maio, queda de 6,7% na comparação interanual

De acordo com a FecomercioSP, retração de 30,3% no segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados foi determinante para o desempenho negativo da região

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São Paulo, 22 de agosto de 2016 – Em maio, o comércio varejista na região do ABCD atingiu faturamento real de R$ 2,6 bilhões, queda de 6,7% na comparação com o mesmo mês de 2015. No acumulado do ano, o recuo é de 4,3%, e nos últimos doze meses a retração foi de 7,8%.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP).

Entre as nove atividades pesquisadas, seis apresentaram diminuição nas vendas em relação a maio do ano passado. O faturamento das lojas de vestuário, tecidos e calçados exibiu queda de 30,3% e contribuiu com -3,9 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral, sendo determinante para o desempenho negativo do varejo da região. Destacaram-se negativamente, também, os segmentos de farmácias e perfumarias (-20,1% e impacto negativo de 1,6 p.p. – vale ressaltar que a região do ABCD foi a única do Estado a registrar queda nas vendas desse setor) e outras atividades (-5,9% e contribuição de -0.9 p.p.).

No sentido contrário, os segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (6,1% e colaboração de 0,4 p.p.), autopeças e acessórios (17,5% e impacto de 0,3 p.p.) e supermercados (0,4% e contribuição de 0,1 p.p.) impediram um resultado geral pior.

tabela_pccv_maio_2016_abcd

Desempenho estadual
Em maio, o faturamento real do comércio varejista paulista atingiu R$ 46,1 bilhões – menor resultado para o mês nesta década. A retração foi de 4,5% em relação ao mesmo período de 2015, quando a receita somou R$ 48,2 bilhões. No acumulado de 12 meses, a queda atinge 5,9%.

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas Araraquara (2,5%), Litoral (1,6%), Guarulhos (1,2%) e Taubaté (0,7%) apresentaram aumento nas vendas no Estado de São Paulo em relação a maio do ano passado. Os piores desempenhos do mês ficaram por conta das regiões de Osasco (-17,2%), Bauru (-7,8%), ABCD (-6,7%) e Capital (-5,7%).

Das nove atividades pesquisadas, somente três manifestaram crescimento em maio na comparação com o mesmo mês de 2015. Os destaques positivos ficaram por conta dos setores de farmácias e perfumarias (10,3%), autopeças e acessórios (6,8%) e supermercados (2,2%), que, juntos, amenizaram a queda geral em 1,5 p.p..

Já os segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-15,8%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-14,9%), materiais de construção (-13,2%) e lojas de móveis e decoração (-10,5%) registraram os piores desempenhos em maio e, em conjunto, colaboraram negativamente para o índice geral em 3,9 p.p..

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, os resultados de maio estão de acordo com as estimativas divulgadas pela Federação para o mês das mães, mostrando diminuição das vendas no varejo, inclusive nas atividades em que, sazonalmente, a data costuma apresentar crescimento, como a de vestuário. Os demais segmentos acompanharam a queda do comércio paulista, sendo que o destaque positivo ficou por conta das lojas de autopeças, que exibiram crescimento expressivo, beneficiando-se da forte queda na comercialização de automóveis novos e da consequente necessidade de reparos nos carros usados.

Expectativa
De acordo com a FecomercioSP, as projeções indicam que, a partir de julho, o varejo tende a apresentar taxas de crescimentos mensais até outubro, que permitiriam ao setor encerrar o ano de 2016 com queda próxima de 1%. Embora se mostrem até certo ponto inesperados, segundo a Entidade, esses índices mensais positivos são bastante factíveis, observando-se que seriam obtidos em função das bases comparativas bastante frágeis de 2015. No segundo semestre do ano passado, as quedas do faturamento se tornaram mais intensas, passando de uma média de -4,0%, registrada nos seis primeiros meses, para -8,8% na segunda metade de 2015, com pico de -12,2% em setembro.

Segundo a Federação, caso as projeções se concretizem, estas poderão ser entendidas como um sinal claro de esgotamento do processo recessivo da atividade varejista. Embora ainda sem os elementos que permitam assegurar um período duradouro e de longo prazo de recuperação do movimento do comércio paulista em 2017, essa atenuação das quedas nas vendas pode abrir espaços para a necessária retomada dos níveis de confiança dos agentes econômicos e tornar mais propício o ambiente de investimentos.

Assim, ainda de acordo com a FecomercioSP, o ano de 2016 tende a fechar com uma variação entre 0% e -1% no faturamento real, graças aos bons desempenhos dos setores de farmácias, de supermercados e de autopeças e acessórios.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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