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Imprensa

Vendas do comércio varejista na região de Bauru caem 7,8% em maio, o segundo pior desempenho do Estado

Segundo a FecomercioSP, varejo regional faturou R$ 1,3 bilhão no mês e setor de supermercados (-12,9%) foi o maior responsável pela queda

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São Paulo, 19 de agosto de 2016 – Em maio, o comércio varejista na região de Bauru atingiu o faturamento real de R$ 1,3 bilhão, diminuição de 7,8% na comparação com o mesmo mês de 2015 – o segundo pior desempenho do Estado de São Paulo. No acumulado do ano a retração é de 2,9%, e nos últimos doze meses houve queda ainda mais acentuada de 5,4%.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP).

Das nove atividades analisadas, seis apresentaram queda em maio, na comparação com o mesmo período de 2015. Foram determinantes para o resultado negativo os desempenhos dos setores de supermercados (-12,9% e impacto de -4,6 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral), materiais de construção (-20,8% e contribuição de -1,5 p.p.) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-17,5% e impacto negativo de 1,3 p.p.).

Em contrapartida, os segmentos de farmácias e perfumarias (21,1% e contribuição de 1,5 p.p. para o resultado geral), autopeças e acessórios (13% e colaboração de 0,4 p.p.) e lojas de móveis e decoração (6,8% e participação pouco significativa) registraram os melhores desempenhos no comparativo anual.

tabela_pccv_maio_2016_bauruDesempenho estadual
Em maio, o faturamento real do comércio varejista paulista atingiu R$ 46,1 bilhões – menor resultado para o mês nesta década. A retração foi de 4,5% em relação ao mesmo período de 2015, quando a receita R$ 48,2 bilhões. No acumulado de 12 meses, a queda atinge 5,9%.

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas Araraquara (2,5%), Litoral (1,6%), Guarulhos (1,2%) e Taubaté (0,7%) apresentaram aumento nas vendas no Estado de São Paulo em relação a maio do ano passado. Os piores desempenhos do mês ficaram por conta das regiões de Osasco (-17,2%), Bauru (-7,8%), ABCD (-6,7%) e Capital (-5,7%).

Das nove atividades pesquisadas, somente três manifestaram crescimento em maio na comparação com o mesmo mês de 2015. Os destaques positivos ficaram por conta dos setores de farmácias e perfumarias (10,3%), autopeças e acessórios (6,8%) e supermercados (2,2%), que, juntos, amenizaram a queda geral em 1,5 p.p..

Já os setores de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-15,8%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-14,9%), materiais de construção (-13,2%) e lojas de móveis e decoração (-10,5%) registraram os piores desempenhos em maio e, em conjunto, colaboraram negativamente para o índice geral em 3,9 p.p..

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, os resultados de maio estão de acordo com as estimativas divulgadas pela Federação para o mês das mães, mostrando diminuição das vendas no varejo, inclusive nas atividades em que, sazonalmente, a data costuma apresentar crescimento, como a de vestuário. Os demais segmentos acompanharam a queda do comércio paulista, sendo que o destaque positivo foi o setor de lojas de autopeças, que exibiu crescimento expressivo, beneficiando-se da forte queda na comercialização de automóveis novos e da consequente necessidade de reparos nos carros usados.

Expectativa
De acordo com a FecomercioSP, as projeções indicam que, a partir de julho, o varejo tende a apresentar taxas de crescimentos mensais até outubro, que permitiriam ao setor encerrar o ano de 2016 com queda próxima de 1%. Embora se mostrem até certo ponto inesperados, segundo a Entidade, esses índices mensais positivos são bastante factíveis, observando-se que seriam obtidos em função das bases comparativas bastante frágeis de 2015. No segundo semestre do ano passado, as quedas do faturamento se tornaram mais intensas, passando de uma média de -4,0%, registrada nos seis primeiros meses, para -8,8% na segunda metade de 2015, com pico de -12,2% em setembro.

Na visão da Federação, caso as projeções se concretizem estas poderão ser entendidas como um sinal claro de esgotamento do processo recessivo da atividade varejista. Embora ainda sem os elementos que permitam assegurar um período duradouro e de longo prazo de recuperação do movimento do comércio paulista em 2017, essa atenuação das quedas nas vendas pode abrir espaços para a necessária retomada dos níveis de confiança dos agentes econômicos e tornar mais propício o ambiente de investimentos.

Assim, ainda de acordo com a FecomercioSP, o ano de 2016 tende a fechar com uma variação entre 0% e -1% no faturamento real, graças aos bons desempenhos dos setores de farmácias, de supermercados e de autopeças e acessórios.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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