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Sustentabilidade

Práticas ESG pressupõem respeito aos direitos humanos nas empresas

Gabriele Garcia, presidente do Instituto Think Twice Brasil, destaca que as prerrogativas inerentes ao ser humano são inegociáveis

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Práticas ESG pressupõem respeito aos direitos humanos nas empresas

"ESG está embaixo da agenda de direitos humanos", afirma Gabriele Garcia
(Arte/Tutu)

As empresas comprometidas com a agenda ESG – sigla que condensa práticas relacionadas à preservação ambiental, à inclusão social e a condutas exemplares de governança – precisam entender que tal iniciativa, na verdade, integra o campo dos direitos humanos, de modo que respeitá-los é fundamental para que, de fato, a organização colabore com o progresso da sociedade. É o que afirma Gabriele Garcia, cofundadora e presidente do Instituto Think Twice Brasil, que atua na promoção de educação em direitos humanos, cultura de paz e engajamento cívico.

Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Gabriele pontua que “o ESG é uma das agendas que está embaixo de uma agenda maior: a de direitos humanos”.

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Além disso, ela destaca que, desde 2011, sobretudo fora do País, circulam diretrizes conhecidas como “direitos humanos em empresas”. O Brasil, de todo modo, não está alheio ao assunto, com previsões estabelecidas no Decreto 9.571/2018.

“Desde 2018, por exemplo, temos um decreto que determina as diretrizes dos direitos humanos em empresas. O decreto, basicamente, traduz um pouco essas diretrizes que já são normativas internacionais, com a intenção de envolver as empresas nesse processo de garantir, proteger e respeitar os direitos humanos como inegociáveis de fato”, explica Gabriele.

Ponto de partida

A presidente do Think Twice Brasil reforça a ideia de que os direitos humanos precisam ser assumidos como inegociáveis, servindo de ponto de partida para a construção de sociedades mais justas, igualitárias e prósperas. Sendo assim, argumenta que as prerrogativas inerentes ao ser humano não devem ser questionadas ou debatidas no campo da política.

“Quando trazemos a discussão de direitos humanos para absolutamente todos os setores da sociedade, começamos a pactuar quais são os nossos pontos de partida, que independem das nossas inclinações partidárias, ideológicas e religiosas. São pontos de partida absolutamente comuns a todos nós”, salienta. “Assim, conseguimos propor avanços, melhorias e ajustes considerando a nossa perspectiva de mundo e a nossa afinidade com tal partido ou ideologia”, acrescenta.

Mestre em Direitos Humanos e ex-participante do programa do Dalai Lama de cultura de paz e empatia, Gabriele indica que países como o Brasil, fundado em estruturas de desigualdade e violência, precisam reavaliar o que entendem sobre direitos humanos. Isso, segundo ela, poderia ser feito por meio da educação.

“Uma educação em direitos humanos presume, inicialmente, desmistificar o que entendemos por direitos humanos e colocá-los como, de fato, inegociáveis”, ressalta. “Quando propomos uma agenda de não violência e de cultura de paz, estamos sendo revolucionários. A tentativa é propor um novo paradigma de se relacionar e de se comportar que não se paute na violência como fio condutor de nossas escolhas”, complementa.

Assista à entrevista na íntegra e se inscreva no Canal UM BRASIL no YouTube.

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