Economia
16/11/2016Alta na produção industrial melhora projeções para o comércio em 2017
Empresário do comércio deve ficar atento à demanda dos demais setores
Até setembro, indústria registrou seis meses positivos neste ano, indicando melhores perspectivas para 2017
(Arte/TUTU)
A indústria brasileira registrou alta de 0,5% em setembro em relação a agosto, na análise com ajuste sazonal. Em nove meses, esta foi a sexta alta mensal neste ano da produção física industrial, o que indica melhores perspectivas para 2017.
Esse dado segue a tendência positiva da confiança do empresário do setor, que, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu quase 50% em um ano, passando de 35 pontos em outubro do ano passado para 52,3 pontos no mesmo mês deste ano. O resultado acima dos 50 pontos aponta a volta do otimismo do empresariado industrial.
Um dado mais importante ainda é o indicador de intenção de investimento, que vem crescendo mensalmente desde abril. Junto do dado de confiança do comércio, esse índice reflete uma melhora das expectativas sobre a economia brasileira e sinaliza que, no próximo ano, ambos setores devem se recuperar, podendo voltar a registrar crescimento de produção e de vendas.
A indústria foi o primeiro setor a entrar na crise econômica, ainda em 2014, com queda de 3%, enquanto o varejo restrito nacional (excluindo vendas de automóveis e matérias de construção) cresceu 2,2% no mesmo período.
Com as incertezas da economia em 2014, houve menor demanda industrial. O comércio, por outro lado, conseguiu trabalhar com o seu estoque durante mais tempo. No entanto, também foi para o campo negativo em 2015, registrando retração nas vendas de 4,3%.
Dessa maneira, o dado positivo de setembro da produção física nacional, aliado ao crescimento do investimento produtivo – também chamado de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano após dez períodos de queda, anima os agentes econômicos e permite enxergar uma luz no fim do túnel para a indústria, que deve se recuperar, ainda que de forma lenta, em 2017.
O empresário do comércio deve acompanhar esses números com atenção, pois demonstra o ritmo de demanda dos demais setores. Ou seja, o bom desempenho da indústria será refletido também em um resultado positivo no comércio e nos serviços. É uma maneira de saber como melhor se posicionar em um ambiente econômico mais favorável.
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