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Negócios

Aplicativos podem causar morte de 40% das empresas

Dinâmica marca um movimento sem volta, que tem provocado significativas transformações no mercado e nas relações de consumo

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Aplicativos podem causar morte de 40% das empresas

Para o diretor de operações da 99Taxis, Pedro Somma, tanto a revolução digital quanto a demográfica estão em curso e ambas redefinem comportamentos. 
(Arte/TUTU)

Com informações de Rachel Cardoso

Cada vez mais comuns, alguns aplicativos para smartphones (apps) – como o Easy Taxi – se enquadram no que tem sido chamado de “tecnologia disruptiva”. Por trás do nome pomposo, um conceito bastante simples: são inovações que destroem antigos padrões ao atender às exigências dos consumidores de maneira mais eficiente. Especialistas apontam que esses recursos deflagraram um movimento sem volta, que tem provocado significativas transformações no mercado e nas relações de consumo.

Economia compartilhada

É justamente dessa relação entre desconhecidos (comercial e, ao mesmo tempo, pessoal, na qual consumidor e fornecedor se confundem) que nasce a chamada “economia compartilhada”, tendência de dividir o uso ou a compra de bens e serviços. Ao contrário do modelo tradicional em que se produzia, vendia e depois se descartava, o novo formato tem a vantagem de desencadear inúmeras outras, com base em uma primeira e única transação.

Trata-se de uma espécie de efeito dominó, que tem um caso concreto no polêmico Uber. Uma disrupção para a qual ainda não há respostas aprovadas pela prática e consolidadas. Regulamentar? Não regulamentar? “O próprio Estado não soube como agir”, afirma o presidente da Oracle no Brasil, Ciro Diehl.

Mercado redimensionado

Ao pagar apenas pelo que se usa, o consumo ganha outra dimensão. “O formato pressupõe muitos transmissores de informação e muitos consumidores”, diz o professor Carlos Nepomuceno, doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense. “As organizações que não acordarem e não entenderem esse mundo novo estarão extintas em poucos anos.”

Para o estudioso, não se trata de revolução digital, mas demográfica. “Saltamos de uma população mundial de 1 bilhão de pessoas para 7 bilhões e não temos outra forma de sobreviver a não ser redimensionar a organização da sociedade”, afirma.

Na avaliação de Nepomuceno, tais transformações fazem parte da História e têm ocorrido desde o advento do papel impresso. “A internet não é a responsável pela mudança da civilização, mas é uma ferramenta que pode ser uma grande aliada nesse modelo organizacional ‘3.0’.”

Nova dinâmica trabalhista

Para o diretor de operações da 99Taxis, Pedro Somma, tanto a revolução digital quanto a demográfica estão em curso e ambas redefinem comportamentos. “Quase todos os setores já passam por transformações, o que é comum em uma economia que inova e traz tecnologia”, diz.

Segundo Somma, as pessoas querem cada vez mais soluções inteligentes para suas rotinas, e aplicativos como o 99Taxis se destacam justamente por trazer uma resposta fácil e rápida ao serviço de mobilidade. “Ao preencher um espaço novo em um mercado antigo, todo mundo sai ganhando”, avalia. Na prática, o consumidor espera menos pelo transporte e o taxista economiza o combustível que gastaria para encontrar o próximo cliente.

Em três anos de existência, o aplicativo já supera os 5 milhões de downloads. “É um ótimo momento para os intermediários inteligentes, aqueles que melhoram o acesso e a curadoria de produtos e serviços”, destaca Somma.

Os analistas frisam que é necessário compreender os hábitos de usuários de táxi para detectar uma necessidade, como a de facilitar a forma de encontrar e chamar um taxista.

“Tradicionalmente, são essas empresas que trazem soluções inovadoras por meio de estudos de comportamento de seu público-alvo. Com base nesses estudos, os empreendedores conseguem atender à sociedade com maior assertividade”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Amure Pinho.

O presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e fundador do E-bit, Pedro Guasti, corrobora com a análise e reforça que é só o começo. Ele recorda como a mobilidade do smartphone alterou a cotidiano na última década com a junção de diversos equipamentos num único dispositivo. “A adoção de aplicativos é uma tendência que veio para ficar e seu uso é uma evolução natural para o varejo, desde que ele invista nisso.”

Clique aqui e leia a matéria completa, publicada na revista C&S.

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