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Imprensa

Atacado paulista encerra 1.517 empregos formais em abril, mas melhora na comparação com 2015

Segundo pesquisa da FecomercioSP, queda na geração de empregos em 2016 é inferior à retração de abril do ano passado, quando 2.059 vagas foram extintas

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São Paulo, 11 de julho de 2016 - Em abril, o comércio atacadista no Estado de São Paulo registrou diminuição de 1.517 empregos com carteira assinada, resultado de 14.372 admissões e 15.889 desligamentos. É o oitavo mês consecutivo em que o setor registra saldo negativo de empregos em âmbito estadual. Apesar de o número ser mais alto do que o registrado em março (mês em que 1.199 vagas foram encerradas), o cenário é melhor em relação a abril de 2015, quando houve a extinção de 2.059 empregos formais.

Com isso, o estoque de trabalhadores do comércio atacadista de São Paulo atingiu a marca de 493.750 no mês, o patamar mais baixo desde dezembro de 2012, quando havia 492.997 funcionários ativos no setor.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, foram eliminados 5.666 empregos, o pior resultado para o período desde 2007. Já entre maio de 2015 e abril deste ano, extinguiu-se 20 mil vínculos empregatícios.

Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista. As informações mostram o nível de emprego do comércio atacadista em dezesseis regiões e dez ramos de atividade. A FecomercioSP passou a acompanhar tais dados em fevereiro de 2016.

Das dez atividades pesquisadas em abril, nove apresentaram queda no estoque de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015. Os destaques negativos foram eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-8,2%); tecidos, vestuário e calçados (-7,6%) e máquinas de uso comercial e industrial (-7,2%). O único segmento que apresentou crescimento na geração de empregos foi o de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (0,1%).

tabela_pesp_atacado_abril_2016

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o mercado de trabalho do comércio atacadista se alterou em abril, registrando o pior início de ano da série histórica. Apesar de o saldo negativo ser inferior ao auferido no mesmo mês de 2015, ainda não é possível fazer projeções otimistas. É preciso aguardar os resultados dos próximos meses e verificar se a melhora das expectativas por parte dos empresários, captada pelos indicadores da FecomercioSP, culminará na retomada das contratações.

De forma geral, a Entidade acredita que a realidade ainda é bastante preocupante, já que o efeito do desemprego está cada vez mais influenciando uma crise de consumo, que afeta varejo e serviços, mas que é amplamente sentida no atacado e em setores industriais, prejudicando, inclusive, a capacidade das empresas de manterem seus empregados.

O cenário é de incertezas, desconfianças, receitas menores e pouco investimento, elementos que minam as chances de reverter o panorama desfavorável.

Atacado paulistano
Foram eliminados, em abril, 745 empregos com carteira assinada no comércio atacadista da cidade de São Paulo. A ocupação formal atingiu 205.378 empregados, queda de 0,4% na comparação com março. O saldo acumulado dos últimos 12 meses ficou negativo em 10.496 empregos, o que levou à diminuição de 4,9% do estoque total de trabalhadores na comparação com abril de 2015.

Das dez atividades pesquisadas, apenas alimentos e bebidas (+87), produtos farmacêuticos e higiene pessoal (+28) e energia e combustíveis (+14) criaram empregos em abril. Os destaques negativos ficaram por conta dos setores de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-217), máquinas de uso comercial e industrial (-192) e produtos químicos, metalúrgicos e agrícolas (-109).

Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado) analisa o nível de emprego do comércio atacadista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e dez atividades do atacado: alimentos e bebidas; produtos farmacêuticos e higiene pessoal; tecidos, vestuário e calçados; eletrônicos e equipamentos de uso pessoal; máquinas de uso comercial e industrial; material de construção, madeira e ferramentas; produtos químicos, metalúrgicos e agrícolas; papel, resíduos, sucatas e metais; energia e combustíveis; e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho e Previdência Social, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista.

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