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Economia

Aumento nos preços de transportes pressiona custo de vida do paulistano em outubro

De acordo com a Entidade, os principais aumentos foram observados em Passagens aéreas (13,4%) e Etanol (8,17%)

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Aumento nos preços de transportes pressiona custo de vida do paulistano em outubro

Transportes é o segundo mais relevante no indicador (peso de 21,4%), dentre todos os demais em termos de ponderação
(Arte/TUTU)

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo subiu 0,35% em outubro, ante os 0,19% registrados em setembro. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 7,68%, já no período de janeiro a outubro de 2016 foi observada uma variação de 5,76%. Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O resultado de outubro foi pressionado pela elevação nos preços do segmento de Transportes que encerrou o mês com alta de 1,45%. No período de janeiro a outubro o indicador acumulou elevação de 2,03% e no período dos últimos 12 meses, +5,24%. O setor é o segundo mais relevante (peso de 21,4%), dentre todos os demais, em termos de ponderação, perdendo apenas para Alimentação e bebidas, que responde por 22,4% do CVCS. Os principais destaques foram observados em Passagens aéreas (13,4%) e Etanol (8,17%).

Os demais grupos que contribuíram para a elevação do índice foram Habitação (0,16%), Saúde (0,25%), Comunicação (0,44%) e Educação (0,01%). Por outro lado, os segmentos que apresentaram variação negativa em seus preços foram Artigos do lar (-0,53%), Despesas pessoais (-0,05%), Alimentação e bebidas (-0,02%) e Vestuário (-0,01%).

As classes D e A foram as que menos sentiram a alta do custo de vida, com acréscimos de 0,25% e 0,29%, respectivamente; enquanto nas classes B e C, as elevações foram de 0,36% e 0,37%, respectivamente.

IPV
O Índice de Preços no Varejo (IPV) registrou elevação de 0,13% em outubro fazendo o indicador acumular 8,73% em 12 meses e 6,09% em 2016. As principais influências para a aceleração nos preços vieram dos grupos de Transportes (1,40%) Habitação (0,17%) e Educação (0,20%).

Por outro lado, os setores que apontaram recuos em suas variações médias foram: Alimentação e bebidas (-0,58%), Artigos de residência (-0,55%), Despesas pessoais (-0,45%), Saúde e cuidados pessoais (-0,24%) e, por fim e bastante próximo da estabilidade, Vestuário (-0,01%).

A classe D foi a que menos sentiu a alta nos preços dos produtos em outubro, encerrando o mês com recuo de 0,10% do IPV. Já a classe B assinalou acréscimo de 0,24%.

IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) registrou aumento de 0,59% em outubro ante os 0,41% notados em setembro e os 0,25% observados em agosto. O IPS acumula elevação de 5,4% em 2016 e de 6,56% nos últimos 12 meses.

Assim com notado nos produtos, o setor de Transportes ficou responsável pela maior pressão de alta já que assinalou incremento de 1,52% no décimo mês do ano. Em 2016 o segmento acumula elevação de 2,22% e nos últimos doze meses a alta é de 4,65%. Dentre os nove setores que compõem o IPS, três acusam alta real de preço no acumulado de 2106: Alimentação e bebidas (6,14%), Saúde e cuidados pessoais (10,84%) e Educação (7,95%).

As famílias das classes A e B foram as que menos sentiram o avanço dos preços de serviços no mês, ambas com altas de 0,47%. Já as classes E e D encerraram o mês com 0,75% e 0,78%, respectivamente.

Para a FecomercioSP, ainda que no dado anual os preços indiquem uma leve desaceleração no contraponto com o mesmo período de 2015, é importante atentar que a pressão nos preços de itens básicos como alimentação e saúde, tende a restringir a renda das famílias, fazendo com que haja um menor consumo de bens considerados supérfluos no intuito de manter um mesmo padrão de consumo.

A Entidade reforça que, com o aumento na dispersão de quedas, como no segmento de alimentação e bebidas, é bastante provável que tenha uma certa reacomodação nos preços, justificando, em partes, a decisão do Comitê de Política Monetária em iniciar um movimento de redução nas taxas de juros.

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