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Economia

Banco Central acerta ao reduzir Selic para 7,5% ao ano, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, atividade econômica ainda fraca e inflação bem abaixo da meta permitem a queda nos juros

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Banco Central acerta ao reduzir Selic para 7,5% ao ano, aponta FecomercioSP

FecomercioSP acredita que esta não deve ser a última redução de juros desse ciclo de queda da Selic iniciado no segundo semestre do ano passado

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Banco Central (BC) foi sensato e acertou ao reduzir a Taxa Selic em 0,75 ponto porcentual (p.p.), passando de 8,25% para 7,5% ao ano. O ritmo de queda nas cinco reuniões anteriores foi de 1 ponto porcentual, trazendo, conforme projeção da FecomercioSP, a Selic para um dígito logo no início do segundo semestre e se aproximando ainda mais do patamar de 7%, que é exatamente a projeção da Entidade para o fim do ano.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, a atitude do Banco Central pareceu sensata diante do atual cenário, no qual há motivos para que se mantenha a queda dos juros a um ritmo um pouco menor do que vinha ocorrendo depois de sete quedas seguidas, sendo cinco com reduções de um ponto porcentual, dos quais se destacam: inflação contínua em queda e sem sinais de pressão; desemprego ainda elevado mesmo com indícios de recuperação de postos de trabalho; e liquidez internacional elevada com taxas de juros na Europa e nos Estados Unidos abaixo do que se previa para 2017.

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A Entidade explica que o Copom mira uma inflação de 4% para 2018 (acima da atual, portanto, há espaço para queda de juros) e os analistas estimam que em 2017 a Selic termine o ano próximo aos 7% ou 7,5%. Ou seja, essa não deve ser a última redução de juros desse ciclo de queda da Selic iniciado no segundo semestre do ano passado. O IPCA e o INPC acumulados entre outubro de 2016 e setembro de 2017 ficaram em torno de 2%, um dos menores patamares históricos e até abaixo do piso das metas de inflação.

Segundo a Federação, evidentemente o Banco Central não faz política monetária olhando apenas para a inflação presente e acumulada no passado ou para a taxa de desemprego e o nível de atividade instantâneo. Ele o faz também de olho nas projeções futuras, nos juros do mercado financeiro e no risco percebido pelos investidores. Tudo indica que o cenário é de recuperação, mas gradativa e lenta, de forma que seja possível manter o ritmo de queda de juros, porém, sem colocar em risco as metas de Inflação deste ano e do próximo.

A FecomercioSP destaca que somente se houver aumento das incertezas político-econômicas para patamares que deixem de ser relevados pelos mercados - a economia no curto prazo tem suportado o atual ambiente político e os eventuais problemas que dele derivam - é que o Banco Central poderá rever sua ação e interromper o ciclo de quedas da Selic. O tema mais relevante neste momento é, sem dúvida, a capacidade de se aprovar a Reforma da Previdência, o que seria essencial para o equilíbrio fiscal de médio e longo prazos, e é isso que os analistas estão avaliando.

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