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Economia

Banco Central ainda não vê espaço para afrouxamento e mantém Selic em 14,25%, aponta FecomercioSP

Segundo a Federação, a incerteza decorrente da indefinição política gera apreensão nos agentes econômicos, o que exige cautela redobrada por parte da autoridade monetária

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Banco Central ainda não vê espaço para afrouxamento e mantém Selic em 14,25%, aponta FecomercioSP

Na avaliação da Federação, somente após o desfecho do impasse político é que o Banco Central poderá contar com ambiente melhor para combater a inflação
(PixAbay)

Pela sexta vez consecutiva, o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros no atual patamar, de 14,25% ao ano. Na análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Banco Central adotou uma postura considerada conservadora por muitos e já prevista pela Entidade ao manter a Selic inalterada diante de um cenário ainda muito instável. 

As dúvidas em torno dos desdobramentos da crise política são tantas que, para a FecomercioSP, ainda não há espaço para o Banco Central baixar juros. Por isso, não se pode considerar conservadora demais a manutenção da Selic em um momento em que a atividade econômica segue em queda, a inflação ainda está elevada e dá apenas leves sinais de desaceleração. 

Na avaliação da Federação, somente após o desfecho do impasse político, quando será possível ter um grau de previsibilidade maior do que o atual, é que o Banco Central poderá contar com ambiente melhor para combater a inflação sem ter de manter os juros nas alturas. Porém, a Entidade pondera que a queda da Selic não virá no curtíssimo prazo, pois não se sabe ao certo qual será o destino da equipe econômica, o que limita sua atuação. Com a situação política resolvida e definida, o Banco Central e as autoridades econômicas terão mais clareza para adotarem medidas que resultem em redução de juros sem comprometer o controle inflacionário. 

Para a FecomercioSP, as primeiras ações após a definição do cenário político deverão buscar o equilíbrio fiscal em médio prazo e, com isso, o Banco Central terá mais liberdade e menos trabalho para manter o poder de compra da moeda. A Federação observa ainda que o momento é de espera e de incerteza para consumidores, empresários e mesmo para as autoridades econômicas. Assim, a opção do BC em manter-se neutro parece a mais indicada. Mesmo assim, a Entidade vê com preocupação a falta de espaço para queda de juros diante de uma recessão que dura quase dois anos e que deve resultar em queda de outros 3,5% a 4% do PIB neste ano. 

A Federação espera que a situação se resolva rapidamente para que o comércio, os setores de serviços e turismo possam voltar a crescer e gerar empregos.

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