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Economia

Burocracia reduz competitividade e participação do Brasil no PIB mundial

Mudança de paradigmas e novas normas regulatórias estão entre as soluções apontadas por especialistas

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Burocracia reduz competitividade e participação do Brasil no PIB mundial

Por Deisy de Assis

A burocracia do Brasil é uma barreira a ser vencida para o desenvolvimento do comércio internacional e, consequentemente, da economia do País. O entrave tem raízes históricas e reduz a competitividade e a participação brasileira na economia global.

O doutor em economia Roberto Luis Troster, que foi consultor no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI), é enfático ao comentar o quadro. “O que faz do Brasil um País fechado são fatores históricos e ideológicos, desde a colonização”, argumenta ele, que será um dos palestrantes do evento “As velhas e as novas faces da burocracia no Brasil” – que será realizado a partir da FecomercioSP com o Instituto Millenium, no dia 5 de agosto.

No que diz respeito ao crescimento observado em países como Chile, Coreia do Sul, Colômbia e Peru, que avançaram de maneira a deixar o Brasil em desvantagem, Troster diz considerar que esses governos “acordaram” e identificaram a realidade que precisava ser alterada para que suas posições mundiais se tornassem mais favoráveis. “Há um déficit de ambição no Brasil. O País precisa desse despertar.”

Os empecilhos para a competitividade no território nacional são diversos. O especialista destaca a complexidade burocrática e suas consequentes instabilidades e indefinições. “A demora para resolver impasses é um peso no crescimento”, afirma.

Troster frisa que o grau de abertura para o comércio internacional do Brasil equivale à metade da média observada globalmente. Além disso, a indústria segue com números em constante retração, assim como os da participação brasileira no PIB mundial.

“Somente com um choque de eficiência regulatória veremos melhora e reverteremos a tendência para a competitividade. Caso contrário, continuaremos a perder espaço no PIB mundial”, comenta o especialista, que vê como soluções de médio e longo prazo uma reforma regulatória e estudos de custo benefício para cada norma proposta.

Essas e outras questões serão temas de debates no evento “As velhas e as novas faces da burocracia no Brasil”. Inscreva-se e participe.

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