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Negócios

Capacitação que faz a diferença para abrir um negócio

Além de dominar o produto ou o serviço que oferece, o empreendedor precisa aprimorar a gestão da empresa

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Capacitação que faz a diferença para abrir um negócio

Por Jamille Niero

Proprietário de uma empresa de automação residencial há 15 anos, Daniel Lima resolveu buscar mais qualificação para tocar o negócio. Em 2015, fez um curso sobre novos conceitos e metodologias em gestão de negócios e conseguiu implementar mudanças que melhoraram a dinâmica da rotina dos funcionários. 

Lima procurou o curso para ampliar o tempo que dedicava ao planejamento e ao desenvolvimento de novas ideias. O grande empecilho para suas metas era a resolução de urgências do dia a dia. “Se durante o curso eu conseguir me afastar uns dias da empresa, quer dizer que posso dedicar parte do meu tempo para isso [pensar em melhorias para o negócio]”, diz.

Na capacitação, um dos aprendizados mais valiosos foi o que lhe mostrou que cada indivíduo é motivado de forma diferente. E mais: não adiantava cobrar a equipe do mesmo jeito que cobrava a si mesmo. No caso de Lima, a motivação se dá pela perspectiva de realização, ou seja, atender o cliente sempre da melhor forma possível.

Com sua equipe, a união é o elemento motivador. “Temos de ter contato diferenciado, entender como cada um é motivado. No caso da minha companhia, a partir do momento em que olhamos para a união da equipe e deixamos de lado a cobrança pelas realizações, os funcionários se motivaram e cumpriram as metas. Agora, temos encontros mensais e criamos um ambiente mais descontraído entre as equipes.”

O empresário também conta que teria sido bem mais vantajoso se tivesse cursado algo do tipo logo que abriu a empresa, pois facilitaria a maneira que lida com os funcionários, por exemplo.

Empreendedor compulsório

“Para empreender, primeiro a pessoa deve se conhecer: saber exatamente o que gosta, quais suas competências e se está preparado ou não para abrir um negócio”, explica a docente de empreendedorismo do Senac Francisco Matarazzo, em São Paulo, Sandra Bazzani Marcondes.

Segundo ela, no Brasil é comum o perfil do empreendedor compulsório, que é o que sai do emprego de muitos anos e usa o valor recebido na indenização para abrir um negócio, geralmente focado em alimentação – como bar ou lanchonete.

O erro, diz Sandra, é que muitas vezes o novo empresário inicia as atividades sem se preparar corretamente para a empreitada, ou seja, sem ter noções de finanças ou fluxo de caixa nem entender o que é entrada e saída dos recursos ou sobre negociação para lidar com clientes, fornecedores e funcionários. Além disso, é preciso saber gerenciar com eficiência o tempo, habilidade fundamental para quem vai empreender.

“Não dá também para imaginar que terá um negócio e trabalhar menos, porque é o contrário. Abrir um negócio significa se responsabilizar inclusive pela vida de outras pessoas, pensando no lado financeiro, porque o funcionário tem família e todos dependem do salário”, diz a docente.

Antes de tudo, Sandra orienta o futuro empresário a se fazer as seguintes perguntas: eu entendo do negócio? Sei como fazer e tenho domínio sobre esse serviço ou produto? “Se não tem, começar por aí”, observa.

O próximo passo é buscar capacitação para a gestão; depois, aprender a gerenciar o tempo; e, por fim, aprender a negociar. É essencial também um plano de negócios antes de abrir as portas para o público.

Cursos

O Senac São Paulo oferece alguns cursos que abordam especificamente a temática do empreendedorismo, também tratada transversalmente na instituição – ou seja, todos os cursos abordam o assunto em algum momento da formação.

Os cursos específicos são: Atitude Empreendedora; Plano de Negócios para Empreendedores Inovadores; Empreendedor em Pequenos Negócios; Gestão Empreendedora; e Primeiros Passos para Empreender. As capacitações abrangem as modalidades livre e extensão universitária e estão disponíveis em várias unidades da capital. Em alguns casos, também no portal EAD (Ensino a Distância).

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