Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Capital paulista tem a maior proporção de famílias endividadas em um ano, aponta FecomercioSP

Segundo pesquisa da Federação, proporção de famílias com renda de até 10 salários mínimos que não conseguirão pagar suas contas no próximo mês atingiu 10% em outubro, o maior valor da série histórica

Ajustar texto A+A-

Capital paulista tem a maior proporção de famílias endividadas em um ano, aponta FecomercioSP

Total de famílias endividadas passou de 1,989 milhão em setembro para 1,997 milhão em outubro, mostra pesquisa
(Arte/TUTU)

Em outubro, a proporção de famílias paulistanas endividadas apresentou leve alta de 0,2 ponto porcentual (p.p.) atingindo 51,9%. Foi a quarta alta mensal consecutiva e a maior proporção dos últimos doze meses mostrando que apesar do esforço, ainda há uma dificuldade das famílias em manter o orçamento equilibrado em um cenário de inflação e juros ainda altos e desemprego em elevação. Em relação a outubro de 2015, houve queda de 0,5 p.p. quando 52,4% das famílias possuíam algum tipo de dívida.

Em números absolutos, o total de famílias endividadas passou de 1,989 milhão em setembro para 1,997 milhão em outubro, sendo que no mesmo mês de 2015, esse número era de 1,880 milhão.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Embora em outubro a proporção de famílias endividadas com renda inferior a dez salários mínimos tenha apresentado queda de 0,8 ponto porcentual em relação a setembro, tal proporção, de 55%, é superior à das famílias que ganham mais de dez salários mínimos, que em outubro atingiu 42,6%, alta de 2,8 p.p. na comparação com o mês anterior. De acordo com a assessoria econômica da Entidade, as famílias de renda mais baixa sentem mais o impacto do aumento dos preços dos produtos de necessidades básicas, como do grupo de alimentos e é natural recorrerem ao crédito como forma de complementar o orçamento.

Entre os consumidores endividados, 35,2% deles comprometem sua renda por mais de um ano com as dívidas; 24,4% até três meses; 19,8% de três a seis meses; e 18% comprometem sua renda entre seis meses e um ano.

Inadimplência
Em outubro, 18,8% das famílias paulistanas afirmaram estar com as contas em atraso, queda de 1,1 p.p. em relação ao mês anterior. No comparativo com o mesmo período do ano passado, houve uma alta de 0,8 p.p.. Em números absolutos, o total de famílias com contas atrasadas passou de 765 mil em setembro para 722 mil em outubro, sendo que no mesmo mês de 2015, esse número era de 646 mil, apresentando alta, ano a ano, de 76 mil famílias.

Entre as famílias com contas em atraso, 47,9% delas tem contas vencidas a mais de 90 dias; 26,3% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias; enquanto que 25,3% do total de famílias estão com dívidas atrasadas por até 30 dias.

De acordo com a pesquisa, a inadimplência também segue mais acentuada nas famílias com menor renda, as mais impactadas pelos efeitos da inflação e da alta de juros. Para esta faixa da população, onde qualquer imprevisto pode desequilibrar suas finanças, o crédito representa um importante meio de inclusão nos padrões de consumo. Entre as que ganham até dez salários mínimos, 23,6% estão com contas atrasadas - queda de 1,6 p.p. na comparação com setembro de 2016. Já entre as famílias com renda superior a dez salários, 7,2% disseram estar com débitos atrasados, queda de 0,4 p.p..

Adicionalmente, 7,7% das famílias paulistanas não terão condições de pagar suas dívidas no mês seguinte. Na segmentação por renda, essa proporção atingiu 10% entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, a maior da série histórica iniciada em 2010, enquanto entre as famílias acima deste patamar de renda, a proporção foi de 2,7% em outubro.

Tipos de dívida
O cartão de crédito continua o maior protagonista do cenário de endividamento, mas apresentou estabilidade em relação a setembro e foi utilizado por 72,6% dos entrevistados em outubro.

Na sequência dos tipos de dívidas mais recorrentes estão o financiamento de carro (13,7%), crédito pessoal (13,5%), carnês (11,5%), financiamento de casa (11,3%) e cheque especial (8,5%). O destaque do mês ficou por conta do item Crédito Pessoal, que apresentou uma leve alta de 1,6 p.p. em relação ao mês de setembro.

Fechar (X)