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Economia

Cerca de 53% das famílias paulistanas afirmam estar endividadas em abril

Segundo pesquisa da Entidade, número é 2,7 pontos porcentuais superior ao apurado em março e alcança maior patamar desde setembro de 2015

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Cerca de 53% das famílias paulistanas afirmam estar endividadas em abril

Para as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o porcentual de endividados foi de 38,5% em abril, alta de 0,9 p.p. em relação a março
(Arte/TUTU)

Pelo segundo mês consecutivo, a proporção de famílias paulistanas endividadas subiu. Em abril, 52,9% das famílias declararam ter algum tipo de dívida, alta de 2,7 pontos porcentuais (p.p.) na comparação com março, quando 50,2% afirmaram ter dívidas. É o maior número de famílias endividadas desde setembro de 2015, quando 54,7% das pessoas estavam nessa situação. Em relação a abril de 2016, quando essa parcela era de 51,1%, houve elevação de 1,8 ponto porcentual. Em números absolutos, o total de famílias endividadas passou de 1,941 milhão em março para 2,046 milhões em abril, sendo que em abril de 2016, esse número era de 1,962 milhão. Comparando abril ano a ano, o aumento de famílias endividadas foi de 83 mil. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Segundo a assessoria econômica da Federação, depois do uso dos recursos adicionais do décimo terceiro para a quitação de dívidas, era natural que o número de famílias endividadas voltasse a subir. Atualmente, esse número está em patamares próximos ao observado em novembro passado (52,7%).

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Na segmentação por renda, o endividamento é maior nas famílias que ganham até dez salários mínimos, proporcionalmente às famílias de renda mais alta. Para o primeiro grupo, o porcentual de endividados em abril foi de 57,9%, alta de 3,3 p.p. em relação ao mês anterior, a maior proporção desde setembro de 2015. Para as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o porcentual de endividados foi de 38,5% em abril, alta de 0,9 p.p. em relação a março (37,6%).

Do total das famílias endividadas, 49,9% afirmaram comprometer entre 11% e 50% da sua renda com o pagamento de dívidas. Para 25,5% das famílias, o comprometimento com o pagamento de dívidas é menor que 10%, enquanto que para 20,8% dos endividados esse comprometimento é superior a 50% da renda.

Inadimplência
A inadimplência também subiu pelo segundo mês consecutivo, ao atingir 18,7% em abril, alta de 1,2 ponto porcentual. Em relação ao mesmo período do ano passado, a proporção de famílias com contas em atraso subiu 0,4 ponto porcentual, quando registrava 18,3%. Após apontar três altas consecutivas, a proporção de famílias sem condições de pagar as contas no próximo mês apresentou leve queda de 0,5 p.p., passando de 8,7% em março para 8,2% em abril, 1,8 p.p. superior ao registrado em abril de 2016, quando 6,4% das famílias declararam estar nessa situação. Segundo a Federação, diante do quadro de desemprego ainda elevado, é inevitável a deterioração das variáveis relacionadas à inadimplência.

Entre as famílias com contas em atraso, 46,7% delas têm contas vencidas há mais de 90 dias; 26,5% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias; enquanto que 24,1% do total de famílias estão com dívidas atrasadas por até 30 dias.

A ocorrência de contas em atraso é maior entre as famílias com menor renda, proporcionalmente às famílias de renda mais elevada. Segundo a Entidade, essa faixa da população, em que qualquer imprevisto pode desequilibrar suas finanças, o crédito representa um importante meio de inclusão nos padrões de consumo e é a única forma de acesso a esses padrões.

Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, a proporção de contas em atraso subiu 1,1 p.p. em abril, ao passar de 23,4% em março para 24,4% no mês. Já no caso das famílias com renda superior a esse montante, o porcentual voltou a subir, passando de 4,6% para 5,8% nesse mesmo período.

Tipos de dívida
O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, utilizado por 71,5% das famílias paulistanas em abril. Em seguida, foram vistos os carnês (13,7%), financiamento de carro (12,7%), financiamento de casa (11,6%), crédito pessoal (10,9%), cheque especial (7,8%) e crédito consignado (5%).


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